Organizações valorizam resultado da CDU nas últimas eleições

Mais força à luta

De­pois de ana­lisar os re­sul­tados das elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu (PE), as or­ga­ni­za­ções do Par­tido va­lo­ri­zaram o au­mento da ex­pressão e in­fluência da CDU – pas­sando de 10,7 para 12,7 por cento – e a eleição do ter­ceiro de­pu­tado, num quadro em que a re­pre­sen­tação do País se­re­duziu de 22 para 21 eleitos. Esta é uma im­por­tante vi­tória para os tra­ba­lha­dores e para o povo e um forte es­tí­mulo à con­ti­nu­ação da luta.

Por­tu­gueses con­denam os par­tidos da troika

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No Porto a CDU cresceu mais de 6600 votos – pas­sando de 8,2 para 9,9 por cento – dando um im­por­tante con­tri­buto para o êxito al­can­çado pela can­di­da­tura, tendo a Co­li­gação PCP/​PEV sido, pela pri­meira vez, a força mais vo­tada numas elei­ções para o PE na Fre­guesia de Pa­rada de To­deia e em vá­rias mesas do dis­trito.

«No con­junto dos 18 con­ce­lhos do dis­trito, os par­tidos da troika e da po­lí­tica de di­reita (PS, PSD e CDS) per­deram mais de 78 mil votos, re­pre­sen­tando, no seu con­junto, pouco mais de 60 por cento dos votos ex­pressos», sa­li­enta a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal (DOR) do Porto do PCP.

Também a DOR Se­túbal ana­lisou os re­sul­tados das elei­ções no dis­trito, onde a CDU foi a força mais vo­tada. Na Pe­nín­sula de Se­túbal a Co­li­gação PCP/​PEV cresceu em nú­mero de votos e em per­cen­tagem em todos os con­ce­lhos, ob­tendo mais seis mil votos do que em 2009, num quadro de di­mi­nuição de vo­tantes.

Pe­rante os re­sul­tados al­can­çados pelos par­tidos subs­cri­tores do pacto de agressão – menos 11 400 votos no dis­trito de Se­túbal em re­lação a 2009 – o Par­tido, também em Se­túbal, con­si­dera «ina­diá­veis a de­missão do Go­verno e a con­vo­cação de elei­ções an­te­ci­padas, para li­bertar o País o mais rá­pido pos­sível deste Go­verno e desta po­lí­tica».

Em co­mu­ni­cado, os co­mu­nistas de Se­túbal alertam ainda para a vaga da ofen­siva do Go­verno contra o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS), através da «re­or­ga­ni­zação hos­pi­talar», que prevê o en­cer­ra­mento das ma­ter­ni­dades dos cen­tros hos­pi­ta­lares Bar­reiro-Mon­tijo e de Se­túbal, mas também da ci­rurgia pe­diá­trica do Hos­pital do Mon­tijo.

Con­fi­ança na CDU

No dis­trito de Beja a CDU foi a força mais vo­tada, au­men­tando per­cen­tu­al­mente com­pa­ra­ti­va­mente com a vo­tação de há cinco anos. Neste sen­tido, a DOR saudou as «cen­tenas de ac­ti­vistas que, em con­junto com os can­di­datos e man­da­tá­rios, no vasto e di­fe­ren­ciado con­junto de ac­ções de­sen­vol­vidas em todo o dis­trito, con­tri­buíram com o seu em­penho para o es­cla­re­ci­mento da po­pu­lação e a cons­trução deste re­sul­tado elei­toral» e os «mi­lhares de elei­tores que ex­pres­saram através do voto a sua con­fi­ança à CDU».

A DOR Beja fez ainda o ba­lanço da cam­panha de con­tactos com os mi­li­tantes do Par­tido e aprovou o local para a re­a­li­zação do 8.ª As­sem­bleia de Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Beja do PCP, a qual está agen­dada para dia 16 de No­vembro, em Castro Verde.

Já no dis­trito de Évora os par­tidos da po­lí­tica de di­reita ti­veram uma «es­tron­dosa der­rota», per­dendo 38 por cento da sua massa elei­toral, sa­li­enta a DOR, des­ta­cando que a CDU, acom­pa­nhando a ten­dência na­ci­onal, ob­teve vi­tó­rias elei­to­rais nos con­ce­lhos de Ar­rai­olos, Alan­droal, Mon­temor-o-Novo, Mora, Vendas Novas e Viana do Alen­tejo.

Por seu lado, no dis­trito de San­tarém a CDU re­gistou um cres­ci­mento de 2,2 por cento, atin­gindo 14,01 por cento do total dos votos apu­rados, re­pre­sen­tando mais 776 votos do que em 2009. No con­celho de Al­pi­arça e nas fre­gue­sias de Be­na­vente, Couço, Vale de Ca­valos e Al­pi­arça a Co­li­gação PCP/​PEV foi a força mais vo­tada.

Em Aveiro a CDU subiu mais de um ponto per­cen­tual, atin­gindo cerca de sete por cento, e cresceu mais de 1200 votos, quase nove por cento de massa elei­toral, fi­cando pró­xima dos 15 mil votos. Num quadro de grande au­mento da abs­tenção (66,7 por cento), su­pe­rior à média na­ci­onal, neste dis­trito a Co­li­gação PCP/​PEV subiu em per­cen­tagem em 18 con­ce­lhos do dis­trito e em vo­tação em 13.

A DOR Aveiro des­taca por isso al­gumas su­bidas, entre os 8 e os 11,5 por cento, em Aveiro, Es­pinho, Es­tar­reja, Me­a­lhada, Ovar e São João da Ma­deira. «Estes re­sul­tados con­firmam um avanço pau­la­tino mas firme da CDU nas su­ces­sivas vo­ta­ções no dis­trito, que tornam cada vez mais pró­ximo o ob­jec­tivo de re­cu­perar um de­pu­tado do PCP pelo cír­culo de Aveiro na As­sem­bleia da Re­pú­blica», re­ferem os co­mu­nistas, que saúdam a eleição do ter­ceiro de­pu­tado, Mi­guel Vi­egas, membro da DORAV, «para de­fender com mais força, no PE, os tra­ba­lha­dores e o povo, o dis­trito e o País».

 

Cres­ci­mento sus­ten­tado

No Al­garve a CDU ob­teve 14 906 votos (14 por cento), con­fir­mando um cres­ci­mento sus­ten­tado em su­ces­sivas elei­ções – As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR), au­tar­quias lo­cais e PE – e o cres­cente apoio dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções al­gar­vias à ini­ci­a­tiva, às po­si­ções e pro­postas do PCP e dos seus ali­ados na CDU. Em nota de im­prensa, a DOR Al­garve chama a atenção para o facto de a CDU ter su­bido nestas elei­ções em 15 dos 16 con­ce­lhos, com um cres­ci­mento global de 24 por cento da sua massa elei­toral, tendo sido a se­gunda força po­lí­tica mais vo­tada em Al­jezur, Silves e Vila Real, facto tanto mais va­lo­ri­zável quando se as­sistiu a um cres­ci­mento dos ní­veis de abs­tenção.

No dis­trito de Braga a CDU cresceu cerca de um ponto per­cen­tual e ob­teve mais votos em nove con­ce­lhos. «No dis­trito de Braga, como em todo o País, o povo por­tu­guês aplicou uma pe­sada der­rota aos par­tidos da co­li­gação PSD/​CDS » (menos 46 mil votos) e o PS «re­gistou uma vo­tação muito pouco ex­pres­siva, ao nível dos seus mais baixos de sempre», ob­servou a DOR Braga.

Em Braga, mas também em todo o País, dá-se ainda conta da im­por­tância das ta­refas que, no ime­diato, se co­locam à or­ga­ni­zação par­ti­dária, desde logo com a pre­pa­ração da Festa do Avante!, a di­na­mi­zação de novas ini­ci­a­tivas de co­me­mo­ração dos 40 anos do 25 de Abril, nas quais se in­serem a re­a­li­zação das festas da Igual­dade, na Fre­guesia de Brito, a 5 de Julho, e da Fra­ter­ni­dade, nas Caldas das Taipas, bem como a di­na­mi­zação da acção na­ci­onal de con­tacto com os mi­li­tantes para a ele­vação da mi­li­tância e a en­trega do novo cartão do Par­tido.

Con­ti­nuar a luta

A CDU também con­so­lidou a sua vo­tação no dis­trito da Guarda, num quadro de menos 8665 vo­tantes, ve­ri­fi­cando-se um au­mento em fre­gue­sias im­por­tantes como na Guarda, Seia/​S. Romão, Tran­coso, Al­meida, Aguiar da Beira, e nas duas mai­ores ci­dades (Guarda e Seia). A DOR Guarda, no seu co­mu­ni­cado, alerta ainda para o ataque aos ser­viços pú­blicos, com o en­cer­ra­mento de tri­bu­nais, de es­ta­ções dos CTT, de fi­nanças, de es­colas do pri­meiro ciclo, da ma­ter­ni­dade e da ne­o­na­to­logia, entre ou­tros ser­viços de pro­xi­mi­dade.

No dis­trito de Bra­gança a CDU também re­forçou a sua vo­tação, pas­sando de 4,21 por cento para 4.36 por cento, ainda que tal cor­res­ponda a um nú­mero de vo­tantes li­gei­ra­mente in­fe­rior, numas elei­ções em que vo­taram menos 6500 elei­tores do que em 2009. Nos 12 con­ce­lhos do dis­trito PS, PSD e CDS per­deram cerca de oito mil votos e mais de seis pontos per­cen­tuais.

 

De­fender Por­tugal

  • No Seixal, a CDU re­forçou sig­ni­fi­ca­ti­va­mente a sua vo­tação, ob­tendo mais 1527 votos do que em 2009, ou seja, mais 13 por cento, au­men­tando a sua per­cen­tagem de votos de 24,65 para 28,20 por cento;
  •  A CDU re­gistou, em Lagos, um au­mento de 204 votos e de 4,16 por cento em re­lação às an­te­ri­ores elei­ções para o PE, ob­tendo 1071 votos, cor­res­pon­dendo a 15,14 por cento da vo­tação;
  •  Em Ovar a CDU mantém a sua tra­jec­tória de cres­ci­mento sus­ten­tado, quer em nú­mero de votos, quer em per­cen­tagem, pas­sando de 9,4 para 10.3 por cento, com 1764 votos;
  •  O con­celho da Moita voltou a me­recer o apoio do povo, re­gis­tando-se uma su­bida de votos (mais 245) e de per­cen­tagem, pas­sando de 35,31 para 39,51 por cento, tendo al­can­çado a mai­oria em todas as fre­gue­sias.

 



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