Recuperação britânica é incerta

A economia britânica atingiu globalmente os níveis do primeiro trimestre de 2008, ao crescer 0,8 por cento nos dois primeiros trimestres deste ano. Porém, o PIB por habitante está ainda quatro por cento abaixo do nível anterior à crise e os salários reais continuam a descer.

Apesar disso, o governo britânico apressou-se a dar por concluída a grande recessão, que custou «seis anos à Grã-Bretanha», segundo palavras do ministro das Finanças, George Osborne, ostentando a previsão de crescimento de 3,2 por cento este ano.

Para alguns especialistas a euforia é exagerada e visa sobretudo efeitos eleitoralistas. Na verdade, não só se trata de resultados provisórios, que podem ser revistos em baixa, como o crescimento se verifica sobretudo no sector dos serviços (1%). A produção industrial aumentou apenas 0,4 por cento, enquanto a construção caiu 0,5 por cento. Comparando com o primeiro trimestre de 2008, os serviços expandiram-se três por cento, mas a produção industrial é 11 por cento inferior.

Estes dados mostram que o crescimento britânico se deve sobretudo ao gasto das famílias, influenciado por políticas monetárias que favorecem o acesso ao crédito. Entretanto, esta benesse poderá estar prestes a acabar. Na semana passada, o Banco da Inglaterra advertiu que as taxas de juro deverão começar a subir, a fim de se alcançar o objectivo da inflação. Resta esperar para ver qual será o comportamento do consumo privado.



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