Valorizar o trabalho, os salários e as pensões

A luta de massas

Tem sido enorme o caudal de luta de­sen­vol­vida pelos tra­ba­lha­dores por­tu­gueses. Greves e pa­ra­li­sa­ções, con­cen­tra­ções e ma­ni­fes­ta­ções, em de­fesa das suas con­di­ções de vida e de tra­balho, pela ma­nu­tenção e con­quista de di­reitos so­ciais e la­bo­rais, pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e por uma mu­dança de rumo.

Luta de re­sis­tência, con­tendo ofen­sivas e al­can­çando vi­tó­rias. Au­mentos sa­la­riais, ma­nu­tenção de di­reitos, ne­go­ci­ação de ins­tru­mentos de re­gu­la­men­tação co­lec­tiva de tra­balho, re­jeição de banco de horas e ou­tras fle­xi­bi­li­za­ções, pas­sagem de tra­ba­lha­dores com vín­culos pre­cá­rios a efec­tivos, ma­nu­tenção do ho­rário das 35 horas se­ma­nais – eis al­guns exem­plos.

Luta que também se re­flecte em de­ci­sões que foram ao en­contro de po­si­ções dos tra­ba­lha­dores por parte de ór­gãos ins­ti­tu­ci­o­nais, como o Tri­bunal Cons­ti­tu­ci­onal.

Luta que tem con­se­guido travar, im­pedir e adiar a con­cre­ti­zação dos ob­jec­tivos da po­lí­tica de di­reita, e que não sendo pas­sível de con­ta­bi­li­zação nem por isso deixa de ser de ex­trema im­por­tância.

Tem sido uma luta in­tensa e pro­lon­gada, onde todas as ba­ta­lhas contam, num pro­cesso onde as grandes ac­ções de con­ver­gência as­sumem um im­por­tante papel, mas onde a grande con­ver­gência passa pela per­ma­nente acção sec­to­rial e, em par­ti­cular, pelas em­presas e lo­cais de tra­balho, e que é em si mesmo o ele­mento cen­tral para a der­rota dos ob­jec­tivos e da po­lí­tica de di­reita e para abrir ca­minho a uma outra po­lí­tica ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores e dos in­te­resses na­ci­o­nais.

 



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