PCP exige intervenção do Governo

PT ao serviço do povo e do País

O PCP re­a­firmou na se­gunda-feira, 3, a ur­gência da re­cu­pe­ração do con­trolo pú­blico da PT, face aos novos de­sen­vol­vi­mentos na si­tu­ação da em­presa.

A PT foi usada como veí­culo para grandes ne­gó­cios

Numa de­cla­ração pro­fe­rida por Vasco Car­doso, da Co­missão Po­lí­tica, o Par­tido con­si­dera que, a ir por di­ante, a even­tual venda da PT Por­tugal à mul­ti­na­ci­onal fran­cesa Al­tice sig­ni­fi­cará a «des­truição da­quilo que resta da PT e a sua trans­for­mação num apên­dice de um grupo eco­nó­mico». As con­sequên­cias ime­di­atas serão a des­truição da com­po­nente de centro de in­ves­ti­gação, o des­pe­di­mento de mi­lhares de tra­ba­lha­dores, a re­dução do in­ves­ti­mento, a perda de re­ceitas fis­cais e a quebra do im­por­tante papel que a em­presa as­sume no País.

Para o PCP, su­bli­nhou Vasco Car­doso, devem ser to­madas «todas as me­didas não só para im­pedir a venda da em­presa, mas também para apurar todas as res­pon­sa­bi­li­dades e ini­ciar um pro­cesso de re­cu­pe­ração do con­trolo pú­blico da PT». O grupo par­la­mentar co­mu­nista deu já ex­pressão a esta pre­o­cu­pação, ao apre­sentar na As­sem­bleia da Re­pú­blica um pro­jecto de re­so­lução sobre esta ma­téria, de­fen­dendo a adopção das se­guintes me­didas: a in­ter­venção do Go­verno, de­sig­na­da­mente por via da pre­sença que o Es­tado tem no Fundo de Re­so­lução que gere o cha­mado Novo Banco, que im­peça nesta fase a al­te­ração da es­tru­tura ac­ci­o­nista da PT; a aber­tura de um pro­cesso de ne­go­ci­a­ções entre o Es­tado por­tu­guês e o Es­tado bra­si­leiro vi­sando uma ava­li­ação sobre a evo­lução da si­tu­ação da PT e a re­a­fir­mação do in­te­resse de Por­tugal quanto ao con­trolo pú­blico dessa em­presa; e a cri­ação de uma es­tru­tura no âm­bito do Mi­nis­tério da Eco­nomia, vi­sando o es­tudo e a im­ple­men­tação de me­didas para a re­cu­pe­ração do con­trolo pú­blico da PT.

Go­verno ao ser­viço de quem?

A po­sição de não in­ter­venção do Go­verno, por a PT se tratar de uma em­presa pri­vada, é ina­cei­tável, ga­rantiu Vasco Car­doso. O membro da Co­missão Po­lí­tica apro­veitou para lem­brar que este foi o Go­verno que, cum­prindo o acordo que PS, PSD e CDS as­su­miram com a UE, o BCE e FMI, «eli­minou es­can­da­lo­sa­mente a cha­mada golden share»; este é o Go­verno que, por via do mi­nistro Paulo Portas, tem «an­dado mundo fora a tentar vender em­presas que são pa­tri­mónio do País»; este é, ainda, o Go­verno que «rouba sa­lá­rios, pen­sões e di­reitos para ga­rantir que os es­pe­cu­la­dores com a dí­vida por­tu­guesa re­cebam até ao fim o pro­duto da sua agi­o­tagem».

A não in­ter­venção na PT, numa fase de­ci­siva que pode re­sultar na sua des­truição, só vem con­firmar que este Go­verno e os que o an­te­ce­deram se têm com­por­tado como «ver­da­deiras ex­ten­sões dos con­se­lhos de ad­mi­nis­tração das mul­ti­na­ci­o­nais».

Vasco Car­doso tinha co­me­çado pre­ci­sa­mente por su­bli­nhar que a ac­tual si­tu­ação da PT é da res­pon­sa­bi­li­dade do «cri­mi­noso pro­cesso de pri­va­ti­za­ções» le­vado à prá­tica por su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS. Para o di­ri­gente co­mu­nista, a his­tória da PT tem que ser lem­brada quando se as­siste ao anúncio de novas pri­va­ti­za­ções, como são o caso da TAP, da EGF ou da Águas de Por­tugal.




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