PCP responsabiliza Governo pelo caos
nas urgências

Ministro tem de se explicar

Está agen­dada para 4 de Fe­ve­reiro a ida do mi­nistro Paulo Ma­cedo à co­missão par­la­mentar de Saúde para prestar es­cla­re­ci­mentos sobre a «si­tu­ação caó­tica em que se en­con­tram as ur­gên­cias hos­pi­ta­lares».

Esta pre­sença do ti­tular da pasta da Saúde na AR é o re­sul­tado da ini­ci­a­tiva do PCP, que, na pas­sada se­mana, en­tregou para o efeito um re­que­ri­mento po­tes­ta­tivo.

«A rup­tura dos ser­viços de ur­gência não é uma questão pon­tual, nem de hoje. É um pro­blema fre­quente, que vem de há muito e tem vindo a agravar-se», re­ferem as de­pu­tadas co­mu­nistas Paula Santos e Carla Cruz no texto que di­ri­giram à pre­si­dente da co­missão par­la­mentar de Saúde.

Nele sa­li­entam que este é um pro­blema que «per­siste e tem ten­dência para agravar» e rei­teram que na sua base está a «ca­rência de pro­fis­si­o­nais de saúde», a «in­su­fi­ci­ente res­posta ao nível dos cui­dados de saúde pri­má­rios» e a «re­dução da ca­pa­ci­dade de in­ter­na­mento de­vido à re­dução do nú­mero de camas nos hos­pi­tais».

Já sobre as «me­didas» en­tre­tanto anun­ci­adas pelo Go­verno, como é por exemplo o envio dos utentes para ur­gên­cias pri­vadas ou o alar­ga­mento dos ho­rá­rios dos cen­tros de saúde, en­tende o PCP que se trata de me­didas de na­tu­reza con­jun­tural, logo, in­su­fi­ci­entes para «re­solver um pro­blema que é es­tru­tural e que de­corre das op­ções po­lí­ticas na área da saúde».

Também por ini­ci­a­tiva do Grupo Par­la­mentar do PCP tem lugar amanhã, 30, pelas 14h30, no Centro de Aco­lhi­mento ao Ci­dadão, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, uma Au­dição Pú­blica sobre a si­tu­ação do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde.

Um foco muito par­ti­cular não dei­xará de ser dado à si­tu­ação de rup­tura que se vive nos ser­viços de ur­gência hos­pi­ta­lares, à po­lí­tica de de­sin­ves­ti­mento deste Go­verno no SNS e às con­se­quentes di­fi­cul­dades no acesso dos por­tu­gueses aos cui­dados de saúde.




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