O alastrar da pobreza
Realiza-se hoje, 12, por iniciativa do PCP, um debate de actualidade centrado na pobreza e nas responsabilidades do Governo pelo seu aumento muito significativo no nosso País. Na base deste agendamento, decidido nas suas recentes Jornadas Parlamentares (e que chegou a estar previsto para o passado dia 4), estão os mais recentes dados do INE relativos aos rendimentos de 2013 e que confirmam um agravamento da pobreza sem precedentes desde o 25 de Abril de 1974.
Fruto das opções políticas do Governo PSD/CDS-PP, 25,9 por cento da população encontrava-se em 2013 em risco de pobreza, ou seja dois milhões e setecentos mil portugueses, refere o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, no texto onde formaliza o pedido de inserção do debate na agenda plenária.
Reportando-se aos dados do INE, lembra que entre 2011 (altura em que este Governo inicia funções) e 2013 a taxa de pobreza agravou-se em 30 por cento, o que significa que mais de 629 mil portugueses foram atirados para a pobreza.
E ao invés do que afirma o primeiro-ministro, a realidade de 2014 e 2015 não sofreu alterações para melhor, anota o presidente da formação comunista, convicto de que haverá é «novos agravamentos caso não sejam impostas profundas alterações na política de rendimentos e na distribuição da riqueza».
Em debate na sessão plenária de hoje estará ainda o projecto de lei do PCP que visa revogar a mobilidade especial e o regime jurídico da chamada requalificação de trabalhadores em funções públicas.