Confirmado no decurso das visitas foi também o agravamento da pobreza no distrito de Aveiro. Uma realidade dramática que está patente no número crescente de famílias que não têm como pagar as despesas de água e electricidade, que necessitam de apoio alimentar, que não conseguem pagar a prestação da creche, jardim-de-infância ou ATL, mesmo quando se trata da prestação mais baixa da comparticipação familiar.

«Centenas de famílias encontram-se em situações limite de carência e miséria», concluíram os deputados do PCP, depois da sua visita à IPSS Florinhas do Vouga.

E como sucede no resto do País, também no distrito de Aveiro é notório o «processo de desresponsabilização do Estado na prevenção, acompanhamento e erradicação da pobreza e exclusão social, nomeadamente através da transferência de competências e centenas de processos para a responsabilidade das IPSS».

Vista com particular gravidade pelos deputados comunistas foi, a este propósito, a inexistência ou muito limitada acção dos instrumentos de inserção social efectivos, designadamente no apoio a toxicodependentes, pessoas prostituídas, vítimas de tráfico e sem abrigo, isto apesar do trabalho muito importante desenvolvido por aquela IPSS junto das camadas mais fragilizadas da população e de grupos de risco.