Uma tarefa sempre inacabada
Tal como no resto do País, também no concelho da Figueira da Foz o PCP está na primeira linha da luta contra o desemprego, a exploração e o empobrecimento e em defesa dos direitos e condições de vida dos trabalhadores e das populações. Conscientes de que a mudança de que o povo e o País precisam se constrói nos combates do dia-a-dia, nas empresas e locais de trabalho, nas ruas e nas instituições, os comunistas locais empenharam-se e empenham-se em múltiplas lutas, construindo a unidade, alargando a consciência, estimulando a luta organizada.
Recentemente, foram muitas as lutas travadas pelos trabalhadores e o povo do concelho em que os comunistas disseram «presente!», não olhando a esforços para que elas atingissem os seus objectivos. Foi o caso da greve dos trabalhadores da unidade da Soporcel na Figueira da Foz, em defesa dos seus direitos. Neste combate, que o PCP apoiou desde o início, os trabalhadores receberam a visita solidária de Jerónimo de Sousa.
Também a defesa dos Estaleiros Navais do Mondego, importante empresa local que a política de direita condenou ao abandono, os comunistas estão na primeira linha da exigência da sua recuperação e da salvaguarda dos postos de trabalho. O mesmo se passa com a luta dos agricultores e orizicultores pela conclusão da obra hidroagrícola do Baixo Mondego, prevista e prometida há mais de 30 anos, e cujo adiamento tem tido consequências dramáticas na produção e na própria sobrevivência de muitos agricultores: em muitas iniciativas institucionais, o PCP tem sido a voz dos produtores. Também os pescadores têm no Partido um sólido aliado no seu combate por melhores condições de trabalho, remuneração e segurança e por medidas de salvaguarda em tempos de defeso ou interdição da sua actividade.
Os comunistas estiveram e estão, igualmente, ao lado das populações na defesa dos serviços públicos de saúde, educação, correios e transporte.
Atingir os objectivos
Ao mesmo tempo que foi chamada a dar resposta a estas e a outras lutas, reforçando a autoridade e o prestígio do Partido junto dos trabalhadores e das populações, a organização concelhia do PCP levou por diante a acção de contactos, em grande medida já concretizada. Segundo revelou ao Avante! Ana Cavaleiro, da Comissão Concelhia, «todos os contactos foram efectuados porta-a-porta, nas moradas dos militantes». Sabendo-se que, na Figueira da Foz, foram assim realizados cerca de centena e meia de contactos – promovidos por um núcleo de membros da Comissão Concelhia –, dá para ter uma ideia aproximada da «disponibilidade» e «persistência» que a dirigente local do Partido garante serem essenciais para concretizar esta acção.
No que respeita aos resultados imediatos desta acção, Ana Cavaleiro sublinha desde logo o aumento do número de militantes a pagar a sua quotização. Para além do contributo financeiro, a dirigente sublinha o que isto representa de cumprimento dos deveres estatutários dos membros do Partido. Mas a acção permite, ao mesmo tempo, que muitos militantes se aproximem mais do Partido e passem a dar um contributo mais efectivo, não só pagando a sua quota, mas também adquirindo o Avante! e desempenhando diversas tarefas, como a distribuição de propaganda.
Quanto àqueles que ainda não foram contactados, não sendo já muitos, são os mais difíceis de encontrar, garante Ana Cavaleiro, que resume a situação citando a sua avó: «falta o rabo, que é o mais difícil de esfolar.» Entre estes, faltam aqueles que habitam em freguesias «mais dispersas e distantes da sede de concelho» e que têm «horários laborais mais complicados»: uns são agricultores, outros trabalham fora da região. Em qualquer dos casos, torna-se «muito difícil a marcação de encontros», garante a dirigente.
Apesar das dificuldades, Ana Cavaleiro acredita que o objectivo de contactar todos os militantes do Partido no concelho será atingido, sendo fundamental prestar a esta tarefa uma «maior dose de dedicação» e mobilizar um ou mais militantes dessas freguesias para concretizar esses contactos.
Para Ana Cavaleiro, mesmo após a concretização dos contactos que faltam, a acção nunca estará verdadeiramente concluída, pois a ligação entre o Partido e os militantes deve ser estreita e constante: «há que continuar a contactar!»