Franceses penalizam Hollande

O Par­tido So­ci­a­lista, do pre­si­dente em fun­ções Fran­çois Hol­lande, foi du­ra­mente cas­ti­gado pelos elei­tores na se­gunda volta das elei­ções de­par­ta­men­tais, re­a­li­zada no do­mingo, 29, em França.

A co­li­gação de di­reita (UMP-UDI), li­de­rada por Ni­colas Sar­kozy, con­quistou 26 de­par­ta­mentos an­te­ri­or­mente go­ver­nados pelo PS, ao mesmo tempo que a Frente Na­ci­onal (FN) de Marie le Pen, apesar de re­forçar o nú­mero de eleitos, não con­se­guiu a vi­tória em ne­nhum de­par­ta­mento.

No final da se­gunda volta, a UMP-UDI passa a con­trolar 65 con­se­lhos de­par­ta­men­tais num total de 101, contra 34 do PS e um do PCF. Por de­finir es­tava ainda, na se­gunda-feira, 30, o de­par­ta­mento de Vau­cluse, onde foram eleitos 12 con­se­lheiros de es­querda, 12 de di­reita e dez de ex­trema-di­reita.

A Frente de Es­querda, onde se in­tegra o PCF, elegeu 176 con­se­lheiros, dos quais 167 são can­di­datos do PCF ou por si apoi­ados.

Em nú­mero de eleitos o PCF e a Frente de Es­querda são a ter­ceira força po­lí­tica, bem à frente da ex­trema-di­reita, não obs­tante a forte su­bida elei­toral da FN, que al­cançou 62 lu­gares em 14 de­par­ta­mentos, contra apenas dois eleitos em 2011.

Em termos per­cen­tuais, a UMP-UDI ob­teve, no final da se­gunda volta, 45 por cento, os par­tidos à sua es­querda (PS in­cluído) to­ta­li­zaram 32,1 por cento e a FN atingiu os 22,2 por cento, se­gundo dados de­fi­ni­tivos do Mi­nis­tério do In­te­rior.

A abs­tenção foi de 50 por cento na se­gunda volta, um pouco acima dos 49,8 por cento re­gis­tados uma se­mana antes.

 



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