Confiança em todo o País
Os primeiros candidatos da Coligação PCP-PEV às eleições legislativas pelos círculos eleitorais de Bragança, Guarda e Açores, respectivamente Jorge Humberto Fernandes, Luís Miguel da Silva Simões Luís e Aníbal Pires, foram apresentados publicamente na passada quinta-feira, 25.
Em Bragança a iniciativa, que decorreu junto à estação dos CTT, contou com a presença de Jaime Toga, da Comissão Política do Comité Central do PCP. Na sua intervenção, Jorge Humberto Fernandes defendeu a necessidade de concretizar uma política que aproveite todas as potencialidades de que a região dispõe, designadamente a agricultura e os recursos naturais; combata o encerramento de serviços públicos e reponha os que foram retirados, nomeadamente na Saúde, Educação, Justiça e Segurança Social; e que tenha em conta os problemas associados à interioridade, rejeitando a introdução de portagens na A4.
Soluções
Luís Miguel da Silva Simões Luís apresentou «soluções para uma vida melhor» no distrito da Guarda, que vão «em sentido contrário à política que tem conduzido o País ao desastre».
«Aqui temos vindo a sofrer com a destruição do aparelho produtivo nacional, nomeadamente ao nível do extermínio da pequena e média agricultura familiar, das crescentes dificuldades impostas às micro, pequenas e médias empresas, e ao comércio, nomeadamente por via do aumento do IVA; dos despedimentos colectivos, falências e insolvências da indústria têxtil, do calçado, lanifícios, automóvel e construção civil», recordou o candidato, denunciando a destruição das Funções Sociais do Estado e o encerramento de serviços públicos, «situação agravada num distrito marcado pela interioridade e envelhecimento da sua população».
Entretanto, lembrou, as forças que compõem a Coligação PCP-PEV têm estado com as populações na linha da frente da resistência e da luta contra os encerramentos de postos de saúde, escolas e tribunais, contra as portagens na A23 e A25, pela reabertura da linha da Beira Alta e do troço Pocinho-Barca d'Alva, contra a extinção das freguesias. «Ao contrário de outros que por cá passam apenas em campanha eleitoral, os deputados da CDU, apesar de eleitos por outros círculos eleitorais, são presença assídua no distrito da Guarda e conhecem os seus problemas», reforçou Luís Luís.
Honestidade
Por seu lado, Aníbal Pires sublinhou que os Açores «precisam de uma representação mais plural, de mais deputados eleitos que não digam uma coisa cá [nos Açores], enquanto fazem outra coisa completamente diferente lá [na Assembleia da República]». «A política de duas caras do PS e do PSD não pode continuar», salientou, frisando que os açorianos «precisam de deputados com uma só cara e com uma só palavra», como os deputados da CDU.
No Centro Municipal da Cultura, em Ponta Delgada, Aníbal Pires valorizou o facto de a lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores ser constituída por «mulheres e homens activos e envolvidos nas suas comunidades, gente trabalhadora, honesta, competente e com provas dadas em termos profissionais e cívicos, na defesa dos interesses do povo açoriano». «Uma candidatura em quem se pode confiar, que não é movida pela ambição pessoal, sede de poder ou apetite por cargos governamentais. Não. Na CDU orgulhamo-nos – e devemos orgulhar-nos – de ser diferentes», acrescentou.
A sessão contou ainda com a intervenção de Jaime Pacheco, mandatário regional da CDU, que apelou «a todos para que despertem desta letargia doentia a que a austeridade exagerada nos tem levado e elejam deputados que se irão bater para que lhes seja devolvida a dignidade de ser um cidadão activo, produtivo e digno da sua família e desta região».
Para além de Aníbal Pires, a lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores é composta por Paula Decq Mota, Paulo Santos, Vera Correia, Sérgio Gonçalves, Luísa Corvelo, Joana Fonseca, Marco Coelho, Ana Torres e Alvarina do Céu.