Ofensiva contra o SNS
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos alertou, em comunicado, para os «sucessivos cortes no financiamento e investimento em meios humanos e materiais» no Serviço Nacional de Saúde (SNS), cometidos nos últimos quatro anos, que provocaram uma ausência de «respostas adequadas em todos os níveis da prestação de cuidados médicos à população, bem visíveis no adiamento de consultas, listas de espera para cirurgias e rupturas nos serviços de urgência».
«A ofensiva contra o SNS, conduzida pelo anterior governo, resultou claramente das orientações políticas de cariz neoliberal que nortearam toda a acção governativa e visaram, no fundamental, desfragmentar e destruir um serviço público de primeira necessidade para as populações, com o fim único de o entregar ao sector privado e aos grandes grupos económicos a operar nesta área», acusou o movimento.
Nesse sentido, o MUSP defendeu que é «urgente reverter todas estas gravosas e criminosas medidas», além de continuar o caminho do melhoramento, tanto no que diz respeito aos direitos e interesses de todos os profissionais, bem como na forma de tratamento dos utentes, para que estes voltem a ter acesso a um serviço de qualidade, «essencial à população portuguesa».
«Ao novo ministro da Saúde, que parece possuir uma sensibilidade diferente quanto aos desígnios desta importantíssima área da governação, o MUSP apela para que ouse disponibilizar todos os meios necessários ao bom funcionamento do SNS, nomeadamente na sua adequada orçamentação que, com o decorrer dos últimos anos, tem sido sistematicamente esquecida e desadequada», lê-se no comunicado.