Em comunicado, a Direcção da Organização do Ensino Superior do Porto da JCP lembra que nos últimos quatro anos, com o governo PSD/CDS, «assistimos a uma das maiores ofensas contra os direitos dos estudantes do Ensino Superior, com o aprofundamento do desinvestimento, do sub-financiamento, do rumo privatizador, de ataques ao Ensino Superior de Abril, procurando que o Ensino Superior seja, não um direito de todos, mas um negócio acessível só para alguns, que reproduza e aumente as diferenças sociais, para que às elites económicas correspondam as elites culturais».

Defendendo um maior investimento nas escolas, mais funcionários e professores, um financiamento adequado às necessidades do Ensino Superior, investimento na Acção Social Escolar, os jovens comunistas afirmam que «está na hora de exigir a concretização justa dos anseios e aspirações da juventude, nomeadamente dos estudantes do Ensino Superior».

Neste sentido, a JCP propõe-se «articular o reforço da luta dos estudantes com o importante objectivo e tarefa do reforço da Organização, da sua intervenção nas escolas», através do «aprofundamento do conhecimento da situação política do Ensino Superior, analisando os ataques recentes, as alterações estruturais deste grau de ensino, analisando também as potencialidades de luta dos estudantes» e da «recolha de dados concretos que ajudem à reflexão e à intervenção junto dos estudantes».

Para a 6.ª Assembleia, os jovens comunistas apontam ainda o reforço «da luta organizada dos estudantes do Ensino Superior, procurando que esta seja encarada como um processo contínuo, enérgico e combativo, pela defesa dos direitos conquistados e pela conquista de novas vitórias para o movimento estudantil, em cada escola e a nível mais geral» e da «Organização na base da consolidação do trabalho e intervenção da Organização do Superior da JCP junto dos estudantes».

Linhas de trabalho

De igual forma, terá que haver «discussão e definição de linhas de trabalho para o recrutamento, integração e responsabilização de novos camaradas, encarando-o como tarefa fundamental de cada colectivo e cada militante da JCP», «aumento da capacidade realizadora dos colectivos da JCP, com mais presença e afirmação da JCP nas escolas, com mais iniciativas de massas, com mais discussão e debate junto dos estudantes», «reforço da recolha financeira para contribuir para a garantia da independência ideológica da JCP», «aprofundamento do conhecimento e da intervenção da JCP no Ensino Privado e no Ensino Politécnico», «conhecimento, discussão e influência da realidade do Movimento Associativo Estudantil e da forma de intervenção dos estudantes comunistas nas associações de estudantes, assim como em outros espaços de unidade (comissões de residentes, tunas, praxe, núcleos de curso, grupos culturais de estudantes, nas turmas, etc.) e «discussão e reflexão sobre as nossas propostas para o Ensino Superior».