Jerónimo de Sousa em almoço convívio em Tondela

Avançar com confiança

Para manter a «ja­nela de es­pe­rança» aberta após as le­gis­la­tivas de 4 de Ou­tubro é pre­ciso re­forçar a in­ter­venção e o Par­tido, su­bli­nhou o Se­cre­tário-geral do PCP numa ini­ci­a­tiva no dis­trito de Viseu.

Vale a pena con­ti­nuar a luta por uma vida me­lhor

Je­ró­nimo de Sousa des­locou-se do­mingo, 15, a Ton­dela para um al­moço-con­vívio com mi­li­tantes e amigos do PCP. No Salão da Junta de Fre­guesia de Mo­lelos, pro­feriu a in­ter­venção po­lí­tica de en­cer­ra­mento, co­me­çando por sa­li­entar que a perda da mai­oria na As­sem­bleia da Re­pú­blica por parte do PSD e do CDS «não foi um acto ca­sual», mas «re­sul­tado de uma luta in­tensa» de­sen­vol­vida ao longo de quatro anos.

«Quando a di­reita já se pre­pa­rava para fes­tejar (...) houve um par­tido, o PCP, que disse: a di­reita foi der­ro­tada. É pos­sível uma outra so­lução po­lí­tica tendo em conta re­lação de forças na AR», lem­brou, antes de re­cordar que «par­timos para a pro­cura dessa so­lução po­lí­tica» e «demos uma con­tri­buição de­ci­siva e de­ter­mi­nante».

O Se­cre­tário-geral do PCP apro­veitou ainda a oca­sião para su­bli­nhar que a po­sição con­junta subs­crita com o PS «é um do­cu­mento» que re­co­nhece um «acervo de ques­tões im­por­tan­tís­simas». Porém, rei­terou, «não temos ilu­sões» por­quanto que «sendo este o grau de con­ver­gência en­con­trado», temos «a cons­ci­ência das li­mi­ta­ções».

Dar res­posta

Numa in­ter­venção em que in­sistiu que «a so­lução po­lí­tica en­con­trada du­rará mais ou menos tempo con­forme cor­res­ponda mais ou menos aos pro­blemas, in­te­resses e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês», Je­ró­nimo de Sousa rei­terou que o Par­tido não ab­di­cará de apre­sentar pro­postas que re­po­nham di­reitos e ren­di­mentos rou­bados (caso das 35 horas para todos os tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica).

Con­tra­ri­a­mente ao PS e ao seu Go­verno, o PCP não ab­dica de apontar a con­tra­dição in­sa­nável entre de­sen­volver o País e cum­prir os di­tames da UE, e con­ti­nuará a de­fender, entre ou­tras pro­postas, a ne­ces­si­dade de re­ne­go­ciar a dí­vida nos seus prazos, mon­tantes e juros, ou o con­trolo pú­blico da banca, sa­li­entou.

O Se­cre­tário-geral do PCP en­fa­tizou, igual­mente, a ur­gência de dar com­bate à pre­ca­ri­e­dade. Desde logo no plano le­gis­la­tivo, mas também dando o Es­tado o exemplo para poder exigir e impor que, no sector pri­vado, não pros­siga «a lei da selva» em ma­téria de vín­culos con­tra­tuais. E con­cluiu re­al­çando que a «ja­nela de es­pe­rança só se man­terá aberta de­pen­dendo do nosso grau de in­ter­venção, de re­forço do nosso Par­tido», dei­xando, dessa forma, uma «nota de con­fi­ança» de que «vale a pena con­ti­nuar a luta por uma vida me­lhor».



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