Jerónimo de Sousa na Huber Tricot

LUSA

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No âm­bito da cam­panha «Mais Di­reitos, Mais Fu­turo – Não à Pre­ca­ri­e­dade», o Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, es­teve an­te­ontem, 17, à tarde, junto às ins­ta­la­ções da Huber Tricot, fá­brica de ves­tuário em Santa Maria da Feira, no dis­trito de Aveiro.

A pri­meira ora­dora foi Con­ceição Pais, tra­ba­lha­dora da fá­brica, que de forma emo­tiva re­latou as con­di­ções de tra­balho na­quela uni­dade: os baixos sa­lá­rios, a pressão sobre os tra­ba­lha­dores para cum­prir os prazos das en­co­mendas a todo o custo, a acu­mu­lação de horas ex­tra­or­di­ná­rias em quan­ti­dades que chegam à casa das cen­tenas são tudo fac­tores de es­ma­ga­mento dos tra­ba­lha­dores que têm con­du­zido a inú­meras si­tu­a­ções de baixas mé­dicas por ra­zões tanto fí­sicas como psi­co­ló­gicas. Nas pa­la­vras da pró­pria, «é in­des­cri­tível o que aqui se passa na fá­brica».

Se­guiu-se o Se­cre­tário-geral do PCP que, sau­dando as vá­rias de­zenas de tra­ba­lha­doras que ou­viam as suas pa­la­vras em vá­rios pontos da fá­brica (da porta às ja­nelas do re­fei­tório), en­fa­tizou a im­por­tância de uma ver­da­deira rup­tura com as po­lí­ticas de di­reita como ele­mento de­ci­sivo para al­cançar a vida me­lhor a que todos os tra­ba­lha­dores as­piram e têm di­reito. Je­ró­nimo de Sousa en­fa­tizou que o pa­tro­nato pro­cura, através da ca­du­ci­dade do con­trato co­lec­tivo que tenta forçar, pôr em causa di­reitos fun­da­men­tais dos tra­ba­lha­dores, agra­vando a sua ex­plo­ração para ma­xi­mizar os lu­cros. Acres­centou ainda que, «sendo certo que hoje se abriu uma ja­nela de es­pe­rança, com a re­versão de al­gumas po­lí­ticas feitas pelo go­verno an­te­rior, é nas mãos dos tra­ba­lha­dores, na sua luta, que está o factor de­ter­mi­nante para con­sumar essa rup­tura».

Aplau­dido pelas tra­ba­lha­doras e pelos po­pu­lares que en­tre­tanto se con­cen­traram junto às ins­ta­la­ções da fá­brica, o di­ri­gente co­mu­nista exortou os tra­ba­lha­dores a pros­se­guirem a luta: «Não se es­queçam de que é vosso o papel fun­da­mental.»



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