Jornadas de trabalho dão forma à Festa

Mãos que constróem sonhos

Muitos mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido, da JCP e amigos da Festa es­ti­veram no pas­sado fim-de-se­mana a cons­truir a 40.ª edição da Festa do Avante! em mais mais uma con­cor­rida e pro­du­tiva jor­nada de tra­balho. Até 2 de Se­tembro, há ainda muito tra­balho pela frente, mas a de­di­cação dos cons­tru­tores é bas­tante para levar até ao fim todas as ta­refas, por mais exi­gentes e com­plexas que se apre­sentem.

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A Festa do Avante! é uma ini­ci­a­tiva ímpar a nível na­ci­onal e é-o a todos os ní­veis: no am­bi­ente fra­terno que a ca­rac­te­riza desde a pri­meira edição, em 1976; na pro­gra­mação cul­tural di­ver­si­fi­cada e mul­ti­fa­ce­tada que sempre marca o seu cartaz; no des­taque que dá em todas as edi­ções ao de­bate, à ci­ência, ao des­porto, à li­te­ra­tura, ao te­atro, ao ci­nema; no que re­pre­senta de so­li­da­ri­e­dade com a luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos pela so­be­rania, o pro­gresso e a paz, contra o im­pe­ri­a­lismo e a guerra; na sua ín­tima li­gação com o pro­jecto de de­mo­cracia e so­ci­a­lismo do seu Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês.

Também a forma como a Festa do Avante! é cons­truída e di­vul­gada e como é as­se­gu­rado o seu fun­ci­o­na­mento não en­contra pa­ra­lelo em qual­quer outra re­a­li­zação no País (e será pre­ciso pro­curar muito para en­con­trar algo de pa­re­cido no mundo). Do pri­meiro tubo ao úl­timo re­toque, é o tra­balho de­di­cado de muitos mi­lhares de mi­li­tantes e amigos do Par­tido que torna pos­sível ta­manha re­a­li­zação. Este tra­balho, duro como qual­quer outro, é as­su­mido com sa­tis­fação e re­a­li­zado com ale­gria, pois é em­pol­gante o ob­jec­tivo que o mo­tiva.

No úl­timo fim-de-se­mana, como nou­tros, vimos valas a dar lugar a es­tradas, pa­vi­lhões a nascer do que antes fora um monte de tubos de an­daime, as placas de ma­deira a dar forma a pa­redes, ver­da­deiras obras de arte a servir de de­co­ração dos vá­rios es­paços. E ou­vimos os ruídos, muitos, dos mar­telos, dos carros, das serras, das chaves, das vozes de «co­mando»: «Sobe! Aperta! Prega!» – e dos risos, tantos risos... Para os cons­tru­tores da Festa, a Festa já co­meçou há muito e é feita de es­forço, de em­penho e de mé­todo, mas também de fortes laços de ca­ma­ra­dagem e ami­zade, da­queles que se forjam no cum­pri­mento con­junto de ta­refas exi­gentes e tantas vezes emo­ci­o­nantes. E, claro, no são e fra­terno con­vívio que sempre marca os fins-de-se­mana das jor­nadas de tra­balho.

No dia 2 de Se­tembro ao final da tarde, os por­tões da 40.ª Festa abrir-se-ão para re­ceber muitos mi­lhares de pes­soas, ávidas de ver e viver a Festa. Nessa al­tura, os rostos dos cons­tru­tores trans­bor­darão de emoção e ale­gria e de al­guns olhos cairão lá­grimas, da­quelas que re­velam sa­tis­fação pelo dever cum­prido e um imenso or­gulho em fazer parte de um co­lec­tivo ge­ne­roso e com­ba­tivo, capaz de re­a­lizar o que pa­recia im­pos­sível – hoje, a Festa do Avante!, num qual­quer amanhã a so­ci­e­dade sem ex­plo­ra­dores nem ex­plo­rados por que se bate o PCP e que tem na Festa uma pe­quena mas sig­ni­fi­ca­tiva amostra.




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Para além dos que, no ter­reno, er­guem a 40.ª Festa do Avante!, ela faz-se em todo o País, em ac­ções de di­vul­gação do pro­grama e de venda de EP e em muitas ou­tras ini­ci­a­tivas.