Portagens na Via do Infante
Foi inviabilizado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP, no dia 31, o projecto de resolução onde o PCP propunha a abolição das portagens na Via do Infante, no Algarve. Igual desfecho tiveram diplomas do PEV e BE com o mesmo fim, ficando ainda pelo caminho (embora com fundamentos distintos) diplomas do PSD e do CDS-PP, este propondo uma redução irrisória de 15 cêntimos, aquele a suspensão ou diminuição de portagens apenas até à conclusão das obras na Estrada Nacional 125.
Propostas que o deputado comunista Paulo Sá interpretou como estando impregnadas de «demagogia e descarado oportunismo» e não passarem de uma «encenação destinada a incautos», porquanto, acusou, têm origem em quem fez ontem no governo exactamente o contrário do que diz hoje na oposição.
E por ser lesiva como foi para o Algarve e os algarvios a introdução de portagens naquela via, para a bancada comunista só há uma forma de corrigir esse «clamoroso erro», como foi definido por Paulo Sá: a abolição da cobrança de portagens.
Objectivo esse que o PCP persegue desde que um governo PS decidiu em 2010 a sua introdução nas SCUT e que um governo PSD/CDS-PP, em 2011, levou à prática. Esses são os factos, indesmentíveis, pelos quais Paulo Sá responsabilizou PS, PSD e CDS-PP, lembrando ainda que foi com os votos negativos destes partidos que foram inviabilizadas, tal como agora, todas as propostas do PCP para a abolição das portagens.