Frente Comum rejeita penalização dos trabalhadores

SALÁRIOS A Frente Comum de Sin­di­catos da Ad­mi­nis­tração Pú­blica con­testou as de­cla­ra­ções do mi­nistro das Fi­nanças e re­a­firmou que os au­mentos sa­la­riais e o des­con­ge­la­mento das car­reiras são ur­gentes, justos e ne­ces­sá­rios.

Os sa­lá­rios não au­mentam há mais de dez anos

Num co­mu­ni­cado que di­vulgou esta terça-feira, dia 30, a es­tru­tura que reúne três de­zenas de or­ga­ni­za­ções sin­di­cais, re­pre­sen­ta­tivas da maior parte dos tra­ba­lha­dores dos vá­rios sec­tores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica ex­pressou «o mais pro­fundo de­sa­cordo e re­púdio» pela opção anun­ciada por Mário Cen­teno, numa en­tre­vista à An­tena 1, no dia an­te­rior.
«Uma vez mais», pro­testa a Frente Comum, a opção to­mada pelo Go­verno co­loca «em pers­pec­tiva a pe­na­li­zação dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, que há mais de dez anos não vis­lum­bram qual­quer au­mento sa­la­rial, além de terem as suas car­reiras con­ge­ladas desde 2005».
O poder de compra «caiu mais de 11 por cento na úl­tima dé­cada, de­vido ao con­ge­la­mento de sa­lá­rios e pro­gres­sões, ha­vendo mesmo si­tu­a­ções de tra­ba­lha­dores que, em Ou­tubro de 2016 (mês em que o corte sa­la­rial ficou to­tal­mente re­ver­tido), con­ti­nuam a re­ceber menos do que re­ce­biam em 2010, por causa do agra­va­mento do IRS, que Mário Cen­teno afirma não al­terar».
A Frente Comum exige «a ac­tu­a­li­zação ur­gente dos sa­lá­rios e o des­con­ge­la­mento de todas as car­reiras, para todos e ao mesmo tempo, de forma ime­diata e a efec­tivar já este ano», ob­ser­vando que o Go­verno, en­quanto se propõe «adiar a me­lhoria das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores», «prevê gastar 47.604,9 mi­lhões de euros com o pa­ga­mento de juros da dí­vida pú­blica, entre 2016 e 2021».
No co­mu­ni­cado re­gista-se que estão «pre­vistas verbas para o des­con­ge­la­mento gra­dual das car­reiras em ano de elei­ções».

 

Fen­prof de­cide luta

A Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores ad­mite avançar para formas de luta de maior am­pli­tude, como uma ma­ni­fes­tação na­ci­onal ou uma greve, e o seu órgão di­ri­gente iria dis­cutir esta pers­pec­tiva numa reu­nião agen­dada para ontem e hoje. Na sexta-feira pas­sada, em con­fe­rência de im­prensa, o Se­cre­tário-geral da Fen­prof re­velou que foi pe­dida ao Mi­nis­tério da Edu­cação a an­te­ci­pação, até ontem, de uma reu­nião pre­vista para 6 de Junho, de modo a que uma re­cla­mada nova po­sição do Go­verno pu­desse ser to­mada em con­si­de­ração pelo Se­cre­ta­riado Na­ci­onal da fe­de­ração.

 



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