Dia 16, no final de uma tarde tórrida, a marcar 38 graus, foram apresentados os primeiros candidatos da CDU à Câmara e à Assembleia municipais de Albufeira, Manuela Jorge (professora) e Renato Pimenta, (funcionário judicial) respectivamente, assim como às freguesias do concelho.

«O turismo não pode, nem deve, ser o único foco e objectivo do trabalho da autarquia», afirmou a candidata, sublinhando: «Queremos turistas, sim, mas queremos sobretudo o bem-estar de toda a população do concelho, no respeito pelo ambiente, pelos costumes e tradições deste povo, tão desvirtuados nos últimos tempos em favor de matrizes de progresso importadas, muitas vezes com resultados que acabam por se revelar catastróficos».

Na sua intervenção, Manuela Jorge referiu, ainda, que a CDU «não parte do zero» para a próxima batalha eleitoral, tendo elegido, em 2013, dois representantes para a Assembleia Municipal e dois representantes para a Assembleia de Freguesia de Albufeira.

«Foram quatro anos de uma intensa actividade que dignificou os órgãos autárquicos e, sobretudo, acompanhou e deu expressão aos anseios dos trabalhadores e das populações do concelho», valorizou, destacando, entre outras, a «luta contra o aumento dos preços da água», a «intervenção em defesa de uma outra política de urbanismo», o «combate contra a extinção da Freguesia de Olhos d'Água», a «defesa do fim das portagens na Via do Infante» e a «requalificação da EN125».

Trabalho
No final, Paulo Sá, deputado do PCP na Assembleia da República eleito pelo Algarve, recordou que nas últimas eleições autárquicas a CDU «teve uma progressão notável», passando, na Câmara Municipal, de 471 para 1317 votos. «Apesar de quase ter triplicado a sua votação, a CDU não conseguiu eleger um vereador em Albufeira. Mas isso não significou que tenhamos esquecido este concelho e as suas gentes», destacou, dando conta das visitas ao Centro de Saúde de Albufeira, às escolas e aos serviços públicos do concelho. A CDU contactou, também, com os comerciantes afectados pelas cheias de 2015, visitou o Porto de Pesca e esteve ao lado dos trabalhadores do Grupo Carlos Saraiva, que tinham salários em atraso.