Entrevista a Hortênsia Menino, candidata e presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo

Marca distintiva da CDU está à vista em Montemor-o-Novo

ES­TRATÉGIA Pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Mon­temor-o-Novo há quatro anos, Hor­tênsia Me­nino con­ti­nuou e apro­fundou a obra da CDU, cuja marca dis­tin­tiva está à vista no con­celho e que a can­di­data e o co­lec­tivo do PCP-PEV pre­tendem pros­se­guir.

Fa­zemos um ba­lanço glo­bal­mente po­si­tivo

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Qual é o ba­lanço que fazes do man­dato que ter­mina agora em 2017?
Na CDU fa­zemos um ba­lanço glo­bal­mente po­si­tivo. Na­tu­ral­mente, sem es­quecer os cons­tran­gi­mentos im­postos pelos or­ça­mentos do Es­tado de 2013 até 2015, e pela le­gis­lação que teve um pro­fundo im­pacto no tra­balho do Poder Local e na vida dos tra­ba­lha­dores.

Fomos obri­gados à de­fesa dos ser­viços pú­blicos. Basta lem­brar a luta pela ma­nu­tenção dos postos de saúde da Ca­brela e São Cris­tóvão, ou contra o en­cer­ra­mento da es­cola na Ca­brela, a qual to­davia acabou por fe­char.

De­fen­demos os tra­ba­lha­dores ao subs­cre­vermos com o STAL um acordo que man­tinha as 35 horas de tra­balho se­manal, de­fesa dos tra­ba­lha­dores que, em Mon­temor-o-Novo, vai ter novo mo­mento com a reins­ta­lação da área ope­ra­ci­onal e dos ser­viços téc­nicos.

Noutro plano, criámos um pro­grama que sig­ni­ficou um re­forço da li­gação da au­tar­quia com as em­presas e do nosso papel na pro­moção do con­celho e das suas po­ten­ci­a­li­dades. Nesse sen­tido, ar­ran­cámos com o pro­grama «Ao Sabor das Es­ta­ções», que tem por ob­jec­tivo di­na­mizar e levar mais longe a pro­dução ali­mentar tra­di­ci­onal. Acre­di­tamos que pode ser o im­pulso de­ter­mi­nante para que esta chegue a ou­tros pa­ta­mares.

Ao nível da in­ter­venção no ter­ri­tório, a grande pri­o­ri­dade foi a pre­pa­ração do Plano Es­tra­té­gico de De­sen­vol­vi­mento Ur­bano, que se en­contra apro­vado e com fi­nan­ci­a­mento ga­ran­tido de 5,2 mi­lhões de euros para a re­ge­ne­ração ur­bana e da mo­bi­li­dade na Ci­dade de Mon­temor.

Outro pro­jecto que eu gos­tava de des­tacar é a pla­ta­forma Mor­base, des­ti­nada à va­lo­ri­zação e in­ter­pre­tação do pa­tri­mónio cul­tural, ma­te­rial e ima­te­rial do con­celho re­cor­rendo às novas novas tec­no­lo­gias, de­sig­na­da­mente à mo­du­lação 3D.

Além do mais re­cu­pe­rámos ar­ru­a­mentos, in­ves­timos, em par­ceria, no sa­ne­a­mento bá­sico.

No plano so­cial, cul­tural e des­por­tivo, as­sumem re­le­vância o novo es­paço da Ofi­cina da Cri­ança, pro­jecto que tem já 36 anos de exis­tência na qua­li­fi­cação dos tempos li­vres das cri­anças; a cons­trução de um novo centro es­colar e um con­junto de in­ter­ven­ções nos equi­pa­mentos mu­ni­ci­pais, caso da se­gunda fase do Parque Des­por­tivo.

Apoiámos obras e pro­jectos do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, de que servem de exemplo a mo­der­ni­zação de campos des­por­tivos em quatro fre­gue­sias, a ins­ta­lação da co­ber­tura do campo do Clube de Ténis de Mon­temor, o apoio ao Centro de Et­no­logia de Mon­temor ou à re­qua­li­fi­cação dos cen­tros Hí­pico e de Des­porto Ae­ro­náu­tico. Aju­dámos no in­ves­ti­mento no lar re­si­den­cial da CE­RIMor e no novo centro co­mu­ni­tário da fre­guesia de San­tiago do Es­coural, assim como na ins­ta­lação da Es­cola Pro­fis­si­onal de Mú­sica.

As con­di­ções im­postas pelo me­mo­rando das troikas na­ci­onal e es­tran­geira eram ex­tre­ma­mente ás­peras para as au­tar­quias. Como é que foi pos­sível fazer tanto com menos re­cursos?
A Câ­mara Mu­ni­cipal de Mon­temor tinha uma si­tu­ação eco­nó­mico-fi­nan­ceira es­tável. Acresce que muitos destes pro­jectos que re­feri foram ala­van­cados an­te­ri­or­mente, as­sen­tando numa po­lí­tica muito di­ver­si­fi­cada de can­di­da­turas a fi­nan­ci­a­mentos co­mu­ni­tá­rios.

Claro que al­gumas obras fi­caram por fazer, no­me­a­da­mente na rede viária. Aqui não po­demos es­quecer a re­dução de pes­soal e ou­tras con­di­ci­o­nantes im­postas pelo an­te­rior Go­verno PSD/​CDS. Equipas de seis ho­mens para ar­ranjar uma es­trada viram-se re­du­zidas a três porque não tí­nhamos pos­si­bi­li­dade de subs­ti­tuir os tra­ba­lha­dores que pas­saram à re­forma.

A re­qua­li­fi­cação e ma­nu­tenção da rede viária é con­si­de­rada gestão cor­rente, algo que não se ajusta a um con­celho com a di­mensão de Mon­temor-o-Novo. Ainda assim, a nossa pre­o­cu­pação leva-nos a des­tinar re­cursos para o que está sob al­çada mu­ni­cipal e a exigir o mesmo na­quilo que é com­pe­tência da ad­mi­nis­tração cen­tral. Não nos de­mi­timos, também, de di­a­logar com as en­ti­dades res­pon­sá­veis para a con­cre­ti­zação de so­lu­ções que re­olvam pro­blemas reais, como o atra­ves­sa­mento do centro de Mon­temor-o-Novo por veí­culos pe­sados.

Apesar do muito que foi feito, há obras ou pro­jectos que la­menta não terem avan­çado?
A re­qua­li­fi­cação do Mer­cado Mu­ni­cipal, das es­tradas entre o Lavre e o Ci­borro e 530, por exemplo. Ou a al­te­ração do Plano Di­rector Mu­ni­cipal e a re­cu­pe­ração do pa­tri­mónio. Ti­vés­semos nós os re­cursos a que temos di­reito, te­ríamos feito mais.

Deixa-me ainda in­sistir na questão dos cons­tran­gi­mentos im­postos à con­tra­tação de pes­soal para su­bli­nhar que não é fácil re­cu­perar ser­viços que em 3 ou 4 anos per­deram cerca de me­tade dos tra­ba­lha­dores. O dano pro­vo­cado a esse nível vai de­morar, nal­guns casos, anos a re­cu­perar.

Não la­men­tamos, pelo con­trário, a in­ter­venção junto do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, com quem temos uma li­gação muito forte em Mon­temor-o-Novo. Pro­cu­rámos que não fosse afec­tado du­rante aqueles anos mais di­fí­ceis, ou pelo menos mi­ni­mizar os efeitos da ofen­siva. A ver­dade é que, apesar dos con­di­ci­o­na­lismos que nos foram co­lo­cados, man­ti­vemos uma vida cul­tural e as­so­ci­a­tiva apoiada e es­ti­mu­lada pelas au­tar­quias. A re­so­lução de pro­blemas con­cretos é re­co­nhe­cida pela po­pu­lação e pelas en­ti­dades co­lec­tivas lo­cais como marcas dis­tin­tivas da gestão CDU.

Essa li­gação ao mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo é se­me­lhante à re­lação pró­xima que se sabe que existe entre au­tarcas e po­pu­lação de Mon­temor-o-Novo?
Todas as reu­niões de Câ­mara são pú­blicas e com um pe­ríodo de aten­di­mento ao pú­blico, além do ho­rário de aten­di­mento se­manal dos eleitos. Fa­zemos com frequência en­con­tros com a po­pu­lação e aten­di­mento da pre­si­dente da Câ­mara nas vá­rias lo­ca­li­dades.

Com esse diá­logo per­ma­nente, Mon­temor-o-Novo não ne­ces­sita de or­ça­mento par­ti­ci­pa­tivo?
Os cha­mados or­ça­mentos par­ti­ci­pa­tivos li­mitam a es­colha das pes­soas ao des­tino a dar a uma fracção (que eu quan­ti­fico como ín­fima) de um or­ça­mento mu­ni­cipal. Pre­fe­rimos a gestão de pro­xi­mi­dade e par­ti­ci­pada, o diá­logo per­ma­nente que as­se­gura um co­nhe­ci­mento da re­a­li­dade, e, por con­se­guinte, in­flu­encia de forma de­ter­mi­nante as de­ci­sões que de­correm da de­fi­nição de pri­o­ri­dades.

Da nossa parte con­si­de­ramos que é mais de­mo­crá­tico co­locar todas as grandes áreas e op­ções mu­ni­ci­pais à dis­cussão pú­blica; pro­ceder a apre­sen­ta­ções pú­blicas de pro­jectos e deixá-los du­rante um pe­ríodo alar­gado abertos à re­colha de opi­niões e su­ges­tões, ou mesmo re­a­lizar en­con­tros que per­mitam ex­plicar o que se vai fazer e porquê, per­mi­tindo, até, al­terar as­pectos do que es­tava pre­visto.

O que é que a CDU pro­jecta para Mon­temor-o-Novo no man­dato que co­me­çará em 2017?
Pri­meiro temos que as­se­gurar a vi­tória da CDU. Mas desde logo a pri­o­ri­dade vai para o Plano de De­sen­vol­vi­mento Es­tra­té­gico de que falei, in­ci­dindo na re­qua­li­fi­cação ur­bana e na mo­bi­li­dade, mu­dando para muito me­lhor a vida na Ci­dade de Mon­temor.

De­pois temos ou­tras pro­postas que es­pe­ramos dis­cutir com a po­pu­lação e os agentes lo­cais, as quais en­volvem in­ter­ven­ções de va­lo­ri­zação do pa­tri­mónio da ci­dade e do con­celho, caso da cri­ação em Mon­temor de um centro de artes mul­ti­dis­ci­pli­nares que se con­so­lide como um local atrac­tivo para cri­a­dores.




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