A CDU cresce em Lisboa e isso vê-se na rua

CON­FIANÇA A grande ar­ruada que na se­gunda-feira, 18, desceu a Ave­nida Mo­rais So­ares re­velou que, como no final afirmou João Fer­reira, «cresce, alarga-se e in­ten­si­fica-se a cor­rente de apoio à CDU» na ci­dade de Lisboa.

Quando mais forte for a CDU mais certa será a con­quista de di­reitos

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A ar­ruada entre a Praça Paiva Cou­ceiro e a Praça do Chile é já uma tra­di­ci­onal ini­ci­a­tiva das cam­pa­nhas elei­to­rais da CDU em Lisboa, pelo que per­mite de con­tacto di­recto com a po­pu­lação e os co­mer­ci­antes. Ao final da tarde da pas­sada se­gunda-feira, foram uma vez mais muitos os can­di­datos e ac­ti­vistas da co­li­gação que des­ceram a ave­nida e deram corpo a uma vi­brante ini­ci­a­tiva de afir­mação de um pro­jecto al­ter­na­tivo para a ci­dade de Lisboa.

No do­cu­mento pro­fu­sa­mente dis­tri­buído, loja a loja e pessoa a pessoa, apre­sen­tava-se três ra­zões para votar na CDU: a de­fesa do in­te­resse pú­blico, dos di­reitos e da qua­li­dade de vida de quem vive e tra­balha em Lisboa, com­ba­tendo os in­te­resses es­pe­cu­la­tivos que negam o di­reito à ci­dade para todos; a luta pelos di­reitos à ha­bi­tação, aos trans­portes e ser­viços pú­blicos e ao es­paço pú­blico de qua­li­dade; e as provas de «tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência», mas também de pro­xi­mi­dade e li­gação aos tra­ba­lha­dores e à po­pu­lação, dadas pelos seus eleitos.

Na des­cida da Ave­nida Mo­rais So­ares, os pri­meiros can­di­datos aos ór­gãos mu­ni­ci­pais – João Fer­reira, para a Câ­mara; e Ana Mar­ga­rida de Car­valho, para a As­sem­bleia – e o Se­cre­tário-geral do PCP foram sau­dados por mo­ra­dores e co­mer­ci­antes, a quem ga­ran­tiram que, como até aqui, as forças que com­põem a CDU e os seus eleitos nos di­fe­rentes ór­gãos con­ti­nu­arão a de­fender os in­te­resses de quem vive e tra­balha na ca­pital. No co­mício da Praça do Chile, João Fer­reira e Je­ró­nimo de Sousa re­fe­riram-se pre­ci­sa­mente à re­cepção ca­lo­rosa que re­ce­beram du­rante o per­curso, tal como tem acon­te­cido nou­tras ac­ções de cam­panha, para con­cluírem que a CDU está a crescer em Lisboa.

Ter­reno firme e con­fiável
Apre­sen­tado por Cláudia Ma­deira, do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» e can­di­data à As­sem­bleia Mu­ni­cipal, o co­mício teve como pri­meiro orador João Fer­reira, que se re­feriu à acção ímpar dos ve­re­a­dores da CDU na de­núncia do muito que está er­rado e na afir­mação de um pro­jecto al­ter­na­tivo para a ci­dade.

O com­bate à es­pe­cu­lação imo­bi­liária e tu­rís­tica, que ex­pulsa po­pu­la­ções e ser­viços pú­blicos do centro da ci­dade, a exi­gência de me­lhores trans­portes pú­blicos, par­ti­cu­lar­mente na Linha Verde do Me­tro­po­li­tano, e a de­fesa e va­lo­ri­zação do «ac­tivo mais im­por­tante» do mu­ni­cípio, os seus tra­ba­lha­dores, foram as­pectos va­lo­ri­zados pelo ve­re­ador e can­di­dato. Quanto a este úl­timo as­pecto, João Fer­reira lem­brou que nos 10 anos de mai­o­rias PS na Câ­mara Mu­ni­cipal saíram do mu­ni­cípio quatro mil tra­ba­lha­dores, des­guar­ne­cendo áreas tão fun­da­men­tais quanto a lim­peza ur­bana, os es­paços verdes e os sa­pa­dores bom­beiros.

Após con­si­derar o pro­jecto e os eleitos da CDU um «ter­reno firme, se­guro e con­fiável», o can­di­dato ga­rantiu estar-se a cons­truir, ali, os «ali­cerces de uma nova go­ver­nação da ci­dade», capaz de mudar para me­lhor a face de Lisboa. João Fer­reira apelou ainda ao em­penho dos can­di­datos e ac­ti­vistas para cons­truírem o re­sul­tado da CDU, lem­brando que há quatro anos, quando a co­li­gação au­mentou o nú­mero de votos e de de­pu­tados, todas as son­da­gens e pro­jec­ções pre­viam o oposto.

Em se­guida, o Se­cre­tário-geral do PCP re­alçou que tendo as elei­ções de 1 de Ou­tubro a fi­na­li­dade de eleger ór­gãos au­tár­quicos, elas não dei­xarão de ter uma di­mensão na­ci­onal. Assim, acres­centou, tal como a CDU é ne­ces­sária nas fre­gue­sias e con­ce­lhos do País para de­fender as po­pu­la­ções, o seu re­forço não dei­xará de se tra­duzir igual­mente na ca­pa­ci­dade de levar mais longe a re­po­sição, de­fesa e con­quista de di­reitos. Mais votos e man­datos para a CDU sig­ni­fica «mais força para lutar por novos e mais pro­fundos avanços».

 

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De­volver a Ama­dora aos ca­mi­nhos de Abril

De­volver à Ama­dora uma gestão vin­cu­lada aos va­lores de Abril. Foi desta forma que o Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, re­sumiu os ob­jec­tivos da CDU no con­celho no grande co­mício que, na se­gunda-feira à noite, fez trans­bordar os Re­creios da Ama­dora. Para Je­ró­nimo de Sousa, foi pre­ci­sa­mente uma gestão dessa na­tu­reza que, entre 1976 e 1997, as­se­gurou ao con­celho um «ine­gável pro­gresso e de­sen­vol­vi­mento».

Porém, como ti­nham já afir­mado os pri­meiros can­di­datos da CDU aos ór­gãos mu­ni­ci­pais, Amável Alves e Fran­cisco Santos, esse ca­minho foi in­ter­rom­pido por uma gestão do PS, que apro­xima no­va­mente a Ama­dora da con­dição de «dor­mi­tório» da ca­pital.

O ac­tual ve­re­ador Fran­cisco Santos, que en­ca­beça agora a lista para a As­sem­bleia Mu­ni­cipal, de­teve-se na­queles que são al­guns dos mais graves pro­blemas das po­pu­la­ções do con­celho, que o PS, em 20 anos, «não soube, não quis ou não con­se­guiu» re­solver, quando não foi ele pró­prio um factor do seu agra­va­mento. Entre eles, o can­di­dato des­tacou a ha­bi­tação, os trans­portes, a pro­li­fe­ração de grandes su­per­fí­cies co­mer­ciais em pre­juízo do co­mércio tra­di­ci­onal e fa­mi­liar, o au­mento das rendas dos bairros mu­ni­ci­pais e das ta­rifas de água e sa­ne­a­mento e a des­va­lo­ri­zação da cul­tura, do des­porto, do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo e dos tra­ba­lha­dores das au­tar­quias.

Amável Alves, pri­meiro can­di­dato à Câ­mara, adi­antou os eixos cen­trais do pro­grama elei­toral da CDU, que com a força que tiver agirá sempre em prol do de­sen­vol­vi­mento da Ama­dora e da de­fesa das po­pu­la­ções. O lan­ça­mento de um novo PER vi­sando o re­a­lo­ja­mento de todos quantos vivem ainda em ha­bi­ta­ções de­gra­dadas, a cons­trução de uma «ci­dade des­por­tiva» na Re­bo­leira, a re­cu­pe­ração do di­na­mismo cul­tural e des­por­tivo de ou­trora e a cri­ação de con­di­ções para a atracção de in­ves­ti­mento pro­du­tivo são al­gumas dos eixos pro­gra­má­ticos da CDU.

Antes do co­mício, Sa­muel e Nuno Ta­vares in­ter­pre­taram temas do pró­prio Sa­muel, de José Afonso e de au­tores la­tino-ame­ri­canos, uns cla­ra­mente de in­ter­venção po­lí­tica ou­tras de amor, o que, para o can­tautor, não é con­tra­di­tório, pois quem vive a trans­formar o mundo fá-lo também por amor, ga­rantiu.

Mais e me­lhores trans­portes pú­blicos

Je­ró­nimo de Sousa des­tacou, na Ama­dora, os pro­blemas dos trans­portes pú­blicos e as pro­postas do PCP e da CDU para o sector. Co­me­çando por re­alçar que a so­lução para este pro­blema «exige uma visão me­tro­po­li­tana», o di­ri­gente co­mu­nista de­fendeu o in­ves­ti­mento em au­to­carros, barcos e com­boios e a ade­quada ma­nu­tenção dos exis­tentes; a con­tra­tação de ma­qui­nistas, mo­to­ristas, ope­rá­rios para a ma­nu­tenção e tra­ba­lha­dores para as es­ta­ções; o au­mento da oferta de car­reiras e a re­dução dos custos para os utentes e a re­visão do re­gime ju­rí­dico do sector apro­vado pelo an­te­rior go­verno.

A in­te­gração dos tra­ba­lha­dores e do ser­viço da Fer­tagus na CP, a cri­ação de ope­ra­dores pú­blicos para o trans­porte ro­do­viário e a con­cre­ti­zação de in­ves­ti­mentos em infra-es­tru­tura, como a ex­tensão da rede de Me­tro­po­li­tano à zona Oci­dental de Lisboa e a Loures, a mo­der­ni­zação da Linha de Cas­cais da CDU e a re­toma do pro­jecto do eléc­trico rá­pido que ligue Oeiras, Ama­dora, Odi­velas e Loures foram ou­tras das pro­postas adi­an­tadas.




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