Médicos defendem profissão, utentes e SNS

Os mé­dicos cum­priram ontem, 8, uma greve na­ci­onal que, de acordo com as or­ga­ni­za­ções que a con­vo­caram – Fe­de­ração Na­ci­onal dos Mé­dicos e Sin­di­cato In­de­pen­dente dos Mé­dicos, teve um forte im­pacto de Norte a Sul do País. Em nota di­vul­gada terça-feira, 7, a CGTP-IN «saúda e so­li­da­riza-se com a greve dos Mé­dicos» cujos ob­jec­tivos ge­rais são a «me­lhoria das suas con­di­ções de tra­balho e a ele­vação da qua­li­dade da pres­tação de cui­dados de saúde».

«Num mo­mento em que o Go­verno prevê gastar, em 2018, mais de 2 mil mi­lhões de euros com as Par­ce­rias Pú­blico-Pri­vado, SWAP e com a banca pri­vada, é inad­mis­sível que con­tinue a não en­con­trar so­lu­ções que va­lo­rizem os pro­fis­si­o­nais de saúde e po­nham termo à san­gria que o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde», con­si­dera ainda a In­ter­sin­dical Na­ci­onal.

A pa­ra­li­sação «foi ine­vi­tável» de­pois de terem sido «efec­tu­ados todos os es­forços» para uma «ne­go­ci­ação séria e trans­pa­rente que con­du­zisse a um acordo cre­dível», ex­plicam em co­mu­ni­cado con­junto a FNAM e o SIM. Porém, «da parte do Go­verno, o pro­cesso ne­go­cial tem ser­vido para criar si­tu­a­ções de des­res­peito e de afron­ta­mento de toda a classe pro­fis­si­onal através de pro­postas le­sivas dos nossos mais ele­men­tares in­te­resses e de si­mu­la­ções de diá­logo que as­sumem as­pectos in­de­co­rosos», acusam.

Entre as rei­vin­di­ca­ções dos mé­dicos estão o fim das vi­o­la­ções ao des­canso com­pen­sa­tório, a li­mi­tação a 12 horas o pe­ríodo de tra­balho em Ur­gência e um má­ximo de 200 horas anuais, o en­qua­dra­mento legal do In­ter­nato, a di­mi­nuição da idade da re­forma, a aber­tura de con­cursos de pro­gressão na car­reira, a di­mi­nuição pro­gres­siva do nú­mero de utentes por mé­dico de fa­mília e a ex­tensão do re­gime de dis­po­ni­bi­li­dade a todos os mé­dicos de Saúde Pú­blica.

No que toca a ma­té­rias pe­cu­niá­rias, os mé­dicos exigem a re­po­sição in­te­gral do pa­ga­mento das horas in­có­modas, me­lhores in­cen­tivos à fi­xação em zonas ca­ren­ci­adas e à la­bo­ração nos cui­dados pri­má­rios, bem como a re­visão da car­reira e res­pec­tivas gre­lhas sa­la­riais.





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