Aumentos conquistados com greve na Gallo Vidro

No dia 12, a ad­mi­nis­tração da Gallo Vidro (Grupo Vi­drala), na Ma­rinha Grande, al­terou para 2,7 por cento a sua pro­posta de ac­tu­a­li­zação sa­la­rial em 2018, o que re­sultou do «ele­vado grau de so­li­da­ri­e­dade e uni­dade entre os tra­ba­lha­dores», como se sa­li­enta na sau­dação que o Sin­di­cato dos Vi­dreiros e a fe­de­ração do sector (Fe­viccom/​CGTP-IN) di­vul­garam esta se­gunda-feira.

À «de­cisão ir­re­du­tível» da ad­mi­nis­tração, que «após três anos de au­mentos sa­la­riais mí­nimos» man­teve a in­tenção de ac­tu­a­lizar as re­mu­ne­ra­ções-base apenas em 1,8 por cento, os tra­ba­lha­dores de­ci­diram que todos re­a­li­za­riam um dia de greve. «A de­ter­mi­nação e união de­mons­tradas pelos tra­ba­lha­dores re­du­ziram a mí­nimos a pro­dução de vidro entre os dias 5 e 7 de Março» e «a força dos tra­ba­lha­dores foi de­ter­mi­nante para se agendar nova reu­nião de ne­go­ci­ação», re­fere-se no do­cu­mento.

O PCP saudou «ca­lo­ro­sa­mente» a luta dos tra­ba­lha­dores da Gallo Vidro e o êxito da greve, con­si­de­rando-a «muito justa» e des­ta­cando «a uni­dade e fir­meza de­mons­tradas pelos tra­ba­lha­dores, em torno da sua or­ga­ni­zação sin­dical».

Num co­mu­ni­cado de dia 12, o Se­cre­ta­riado da Co­missão Con­ce­lhia do Par­tido lem­brou que a em­presa re­cusou há três anos o au­mento dos sa­lá­rios, ale­gando ra­zões fi­nan­ceiras. «Ora para sur­presa de todos, a em­presa, que es­tava em sé­rias di­fi­cul­dades fi­nan­ceiras e que não podia au­mentar os sa­lá­rios dos seus tra­ba­lha­dores, que não pode dar a es­ta­bi­li­dade que o vín­culo efec­tivo de tra­balho con­sagra, gastou 250 mi­lhões de euros (ca­pital acu­mu­lado a partir da ri­queza criada pelos tra­ba­lha­dores) na compra da Santos Ba­rosa», fi­cando evi­dente que «são os tra­ba­lha­dores que pro­duzem a ri­queza, mas não são pagos por aquilo que pro­duzem».

 



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