PCP assinalou 50 anos de vida literária dos escritores Modesto Navarro e Rui Nunes

HOMENAGEM Os escritores Modesto Navarro e Rui Nunes foram anteontem homenageados pelo seu Partido numa sessão que decorreu no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa, por ocasião dos 50 anos de vida literária de ambos.

Levantou-se o véu para a viagem pelas palavras

Meio século de carreira literária tem histórias impossíveis de contar numa sessão de homenagem, e muito menos num relato noticioso. Para mais tratando-se de dois militantes comunistas cujo percurso está intimamente ligado à intervenção do seu Partido e respectivo projecto emancipador.

Por isso o melhor é tactear, página a página, a vasta obra de Modesto Navarro e Rui Nunes, proposta, aliás, que o Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP (ORL) sugeriu ao expor nas paredes do salão do Centro Trabalho Vitória os livros de ambos.

Na iniciativa realizada ao final da tarde de anteontem, em que estiveram o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes, do Secretariado do Comité Central (CC), Armindo Miranda e Jorge Pires, da Comissão Política do CC e responsáveis pela ORL e pela área da Cultura, respectivamente, levantou-se o véu para a viagem pelas palavras que, num e noutro casos, são instrumentos de construção de narrativas mobilizadoras da consciência e do combate à indiferença e à cupidez, à injustiça e à exploração que estruturam o sistema capitalista.

Este foi o aspecto que mais sobressaiu na sessão dedicada aos 50 anos de vida literária de Modesto Navarro e Rui Nunes, na qual, antes dos homenageados, intervieram os também escritores e militantes comunistas Domingos Lobo e Sérgio de Sousa.

A anteceder a sessão que decorreu despida de verniz, sublinhando uma forma de ser e de estar do colectivo a que pertencem com orgulho Modesto Navarro e Rui Nunes, Jerónimo de Sousa falou à comunicação social sobre Cultura.

Designadamente sobre a polémica instalada a propósito do programa de apoio às artes, realçando que a insuficiência justificada pelo Governo com a carência de meios (a qual tem motivado a justa contestação dos criadores) entra em contradição com os muitos milhões disponibilizados para «a banca e seus escândalos». Mas salientando, igualmente, que o executivo da responsabilidade do PS tem de considerar a democratização do acesso à Cultura como uma necessidade e uma prioridade, abandonando a perspectiva «miserabilista» e o tratamento assimétrico de artistas e criadores e do território nacional.



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