Lutas com persistência na Tegopi e na Nobre

REI­VIN­DICAÇÃO Por me­lhores sa­lá­rios e pela eli­mi­nação de si­tu­a­ções de dis­cre­pância na re­mu­ne­ração de tra­ba­lha­dores com as mesmas fun­ções, estão em cursos greves e con­cen­tra­ções diá­rias na rua.

A de­cisão co­lec­tiva su­porta com efi­cácia greves pro­lon­gadas

Na se­gunda-feira, dia 21, co­meçou uma se­mana de luta na Nobre Ali­men­tação, em Rio Maior. Todos os dias, entre as 13 e as 18 horas, os tra­ba­lha­dores (mu­lheres, na mai­oria) param a la­bo­ração e con­cen­tram-se no ex­te­rior da­quela uni­dade do Grupo Campo Frio.
Rui Ma­tias, di­ri­gente do Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da Agri­cul­tura e das In­dús­trias de Ali­men­tação, Be­bidas e Ta­bacos de Por­tugal (Sintab), ex­plicou à Lusa que não houve evo­lução sa­tis­fa­tória quanto a rei­vin­di­ca­ções que já ha­viam mo­ti­vado um pro­testo a 8 de Março, de­sig­na­da­mente: me­lhores sa­lá­rios e ma­nu­tenção do di­fe­ren­cial de cerca de 50 euros acima do sa­lário mí­nimo na­ci­onal; dis­cre­pân­cias sa­la­riais entre mu­lheres e ho­mens; cum­pri­mento da lei no que diz res­peito a ho­rá­rios de tra­balho e atri­buição de horas de ama­men­tação a tra­ba­lha­doras lac­tantes; re­dução dos vín­culos de tra­balho pre­cá­rios.
Sau­dando a luta dos tra­ba­lha­dores da Nobre, a União dos Sin­di­catos de San­tarém notou que, apesar de al­gumas vi­tó­rias (como o alar­ga­mento do se­guro de saúde a todos os tra­ba­lha­dores com três anos de casa), a ad­mi­nis­tração per­ma­nece ir­re­du­tível quanto ao au­mento de sa­lá­rios e à prá­tica de meia hora diária de tra­balho gra­tuito.

Desde dia 11, os tra­ba­lha­dores da Te­gopi, em Vilar do Pa­raíso (Vila Nova de Gaia) fazem todos os dias uma hora de greve, com con­cen­tra­ções à porta da em­presa, re­cla­mando au­mentos sa­la­riais e o fim da dis­pa­ri­dade sa­la­rial, entre ou­tras ma­té­rias do ca­derno rei­vin­di­ca­tivo. Se­gundo o SITE Norte, a luta teve na pri­meira se­mana uma adesão média de cerca de 90 por cento, no sector pro­du­tivo.
O sin­di­cato da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN lem­brou que o pré-aviso de greve previa o início das pa­ra­li­sa­ções a 17 de Abril, mas os tra­ba­lha­dores aten­deram a um com­pro­misso da em­presa para ne­go­ciar a ac­tu­a­li­zação sa­la­rial. As pa­ra­li­sa­ções co­me­çaram pe­rante o valor in­su­fi­ci­ente da pro­posta pa­tronal (dois por cento) e o facto de não res­ponder à eli­mi­nação de dis­pa­ri­dades e in­jus­tiças na re­mu­ne­ração de tra­ba­lha­dores com fun­ções idên­ticas.

 



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