Em duas iniciativas públicas realizadas a 4 de Julho, uma no concelho de Loures e outra em Santa Maria da Feira, o PCP homenageou dois dos seus heróis, brutalmente assassinados pelo fascismo: Alfredo Dinis (Alex) em 1945 e, três anos antes, António Ferreira Soares.

No caso do jovem operário e funcionário clandestino do Partido assassinado na estrada de Bucelas, a homenagem constou de uma romagem ao memorial existente no local em que foi assassinado, no qual foi colocada uma coroa de flores. Promovida pela Comissão Concelhia de Loures, a acção contou com as presenças de Élio Matias, presidente da Junta de Freguesia de Bucelas, Jorge Dias, da Comissão de Freguesia de Bucelas e da Comissão Concelhia de Loures do PCP, e ainda de Armindo Miranda, da Comissão Política do Comité Central.

Este, na intervenção que proferiu, destacou todos os revolucionários que, como Alfredo Dinis, defrontaram corajosamente a repressão fascista e suportaram enormes sacrifícios por um Portugal livre, democrático e socialista. Evidenciou ainda o papel de Alex como construtor do Partido, que através das suas acções e exemplo, deixou sementes, que se multiplicaram. Alfredo Dinis, que foi morto quando tinha apenas 28 anos, era membro do Comité Central do PCP.

Já a homenagem ao médico Ferreira Soares, conhecido entre a população mais humilde por Dr. Prata, decorreu como sempre no cemitério de Nogueira da Regedoura, onde foi assassinado há 76 anos. Participaram dezenas de militantes e simpatizantes do Partido e alguns familiares, nomeadamente filhos e neta. A intervenção política ficou a cargo de Mafalda Guerreiro, do Comité Central.

Ferreira Soares era um destacado quadro do PCP, membro do Comité Regional do Douro. Forçado à clandestinidade, foi ajudado pelo povo de Nogueira da Regedoura, que lhe assegurou nesses anos abrigo e comida e zelou sempre pela sua segurança. A este gesto respondeu com a sua solidariedade, nunca negando apoio médico gratuito a essa humilde população.