Morreu Graça Dias
Um cancro pancreático roubou a vida a Manuel da Graça Dias, arquitecto nascido em Lisboa. Tinha 66 anos. Com Egas José Vieira, alcançou o 1.º lugar no concurso para o Pavilhão Português da Expo’92, em Sevilha (1989). Um ano após, com o mesmo amigo, funda, em Lisboa, o Atelier Contemporâneo, e, um ano depois, vencem o concurso para a construção da nova sede da Ordem dos Arquitectos Portugueses, nos chamados Banhos de São Paulo, na capital. Obedecem também a projectos dele o Teatro Municipal de Almada e o Edifício Atlantic Plaza, na Costa da Caparica. É autor dos livros Ao Volante Pela Cidade, O Homem Que Gostava de Cidades e Manual das Cidades. «Falar sobre arquitectura com Graça Dias era exactamente isso, embarcar numa viagem sobre expressões estéticas, soluções inteligentes, desenhos inventivos. Como qualquer outro criador generoso, Graça Dias estava sempre à espera do sinal de inteligência do outro, quer fosse estudante, quer fosse cliente, quer fosse arquitecto», escreveu Ana Vaz Milheiro.