PCP presente em iniciativa do PCE sobre cultura e combate ao fascismo

O Par­tido Co­mu­nista de Es­panha (PCE) levou a cabo no pas­sado dia 23, em Ma­drid, um en­contro des­ti­nado a dis­cutir o tema «Por uma Cul­tura Po­pular».

O en­contro abordou o papel da Cul­tura e dos seus tra­ba­lha­dores na luta contra «o pro­cesso que se está a pro­duzir em quase toda a Eu­ropa e agora pa­rece emergir elei­to­ral­mente em Es­panha: o auge da ultra-di­reita» re­sul­tante da «crise es­tru­tural da so­cial-de­mo­cracia e sua trans­for­mação em so­cial-li­be­ra­lismo».

As in­ter­ven­ções no en­contro foram mar­cadas pela apro­xi­mação de um con­junto alar­gado de actos elei­to­rais em Es­panha – ge­rais, lo­cais, au­to­nó­micos e para o Par­la­mento Eu­ropeu.

O en­contro contou com a pre­sença e in­ter­venção de En­rique San­tiago, se­cre­tário-geral do PCE, e Al­berto Garzón, co­or­de­nador-geral da Iz­qui­erda Unida (IU).

En­rique San­tiago re­alçou a ne­ces­si­dade de mo­bi­lizar «as forças de­mo­crá­ticas para que o fas­cismo, que tanta dor criou ao nosso povo, não volte a re­pro­duzir-se». Para aquele di­ri­gente co­mu­nista, «a dis­se­mi­nação da Cul­tura e da in­for­mação é fun­da­mental para de­nun­ciar as in­ten­ções dos mo­vi­mentos de di­reita ini­migos da de­mo­cracia».

Muito aplau­dido, o can­taor e es­tu­dioso de fla­menco Juan Pi­nilla ho­me­na­geou sob a forma de Cante Jondo a re­sis­tência da Ve­ne­zuela à agressão do im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano e seus ali­ados.

Mar­caram pre­sença na ini­ci­a­tiva a Re­fun­dação Co­mu­nista de Itália e o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, re­pre­sen­tado por Ma­nuel Pires da Rocha, mú­sico e membro do Sector In­te­lec­tual da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Coimbra do PCP, que re­alçou «a luta dos in­te­lec­tuais co­mu­nistas por­tu­gueses contra o fas­cismo» e su­bli­nhou que, ac­tu­al­mente, «para o grande ca­pital a de­mo­cra­ti­zação cul­tural é subs­ti­tuída pelas in­dús­trias «ino­va­doras ou cri­a­tivas», as que mais lu­cros obtêm e pú­blicos mais vastos atingem. Através do mer­cado e da fi­nan­cei­ri­zação, «os go­vernos bur­gueses com­primem a au­to­nomia dos cri­a­dores, am­pli­ando as di­fi­cul­dades do sector sub­me­tendo-o a di­versas formas de cen­sura e de con­trolo bu­ro­crá­tico».




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