Projecto alternativo para Castro Marim
INTERCALARES As eleições para a Câmara de Castro Marim, marcadas para 2 de Junho, são uma oportunidade para «virar uma página» da história do concelho. A CDU está preparada para dar essa resposta e «agarrar o futuro».
Defender os interesses dos trabalhadores e das populações
Este acto eleitoral realiza-se depois de o PSD ter apresentado a renúncia em bloco da lista vencedora das eleições para a Câmara de Castro Marim, encabeçada por Francisco Amaral.
A realização destas eleições intercalares é a «confirmação da incapacidade revelada» por PSD e PS «para dirigirem os destinos da autarquia». «Seja pela incapacidade do PSD de respeitar os resultados eleitorais e aceitar que não tinha maioria absoluta para impor a sua vontade, quer pela opção do PS, de se aliar a uma candidatura dissidente do PSD em 2017, com o objectivo de paralisar a autarquia, todos são responsáveis pela situação a que se chegou», nota a Comissão Concelhia de Castro Marim do PCP.
Em comunicado divulgado no passado dia 19, os comunistas responsabilizam os mesmos partidos pela «degradação do funcionamento» da autarquia, bem como pela diminuição da «capacidade de intervenção do município», do «avolumar problemas», como o que se verificou recentemente na empresa municipal Novbaesuris, e da «falta de obra e de iniciativa».
Primeiro candidato da CDU
Nuno Osório, 36 anos, natural de Lisboa, militante do PCP, será o primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Castro Marim. Actor de formação, fez teatro, publicidade, séries de televisão e cinema. Adaptou e escreveu peças de teatro para várias faixas etárias. Deu aulas de expressão teatral.
Quando chegou ao Algarve, Nuno Osório trabalhou no comércio e foi como delegado e dirigente sindical que aprofundou a sua intervenção política. Integrou a Comissão Concelho de Castro Marim do PCP, participou nas listas da CDU em eleições anteriores para os órgãos autárquicos do concelho e fez parte da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Castro Marim, que levou à Assembleia da República um abaixo-assinado que exigia a reabertura dos centros de saúde e contra o encerramento de serviços públicos. Foi dirigente associativo e membro de uma associação de estudantes. Como tantos portugueses, actualmente trabalha no sector do comércio em Ayamonte.