O pri­meiro can­di­dato da co­li­gação PCP-PEV nas elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu (PE) es­teve em ac­ções de pré-cam­panha nos dis­tritos de Évora, dia 23, e de Beja, dia 26 de Abril, tendo sido acom­pa­nhado, em duas ini­ci­a­tivas, pelo Se­cre­tário-geral do PCP.

A jor­nada alen­te­jana co­meçou de­pois do al­moço de terça-feira num con­tacto com tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio de Mon­temor-o-Novo, pri­meiro nos ser­viços cen­trais da Câ­mara Mu­ni­cipal e de­pois nos es­ta­leiros.

Sempre acom­pa­nhado pelo de­pu­tado no PE e con­cor­rente a um novo man­dato pela CDU, João Pi­menta Lopes, pelo também can­di­dato Tiago Al­deias, pela pre­si­dente da au­tar­quia, Hor­tênsia Me­nino, e por di­ri­gentes na­ci­o­nais e re­gi­o­nais do PCP, João Fer­reira ini­ciou um pé­riplo mar­cado por apelos ao es­cla­re­ci­mento e à mo­bi­li­zação cons­ci­ente.

Isso mesmo trans­mitiu aos vá­rios tra­ba­lha­dores mon­te­mo­renses que o aco­lheram e sau­daram, e re­petiu, de­pois, ao final da tarde, já em Évora, num en­contro com apoi­antes.

Nos an­tigos ce­leiros da EPAC, João Fer­reira foi re­ce­bido por uma pe­quena mul­tidão de ebo­renses e in­sistiu em notar a im­por­tância do voto na CDU. Desde logo pela di­fe­rença evi­den­ciada– na in­ter­venção re­a­li­zada, no po­si­ci­o­na­mento de classe e nas pro­postas e so­lu­ções que apre­senta ao povo e ao País – face a ou­tras forças po­lí­ticas.

Je­ró­nimo de Sousa, que se juntou ao ca­beça-de-lista na­quela sessão, adi­antou outra ideia que vale a pena reter na hora de não em­barcar no dis­curso do «são todos iguais», do «não vale a pena», e, pelo con­trário, tomar par­tido.

O se­cre­tário-geral co­mu­nista re­feriu, nesse âm­bito, o papel de­sem­pe­nhado pelos eleitos co­mu­nistas e eco­lo­gistas em todas as me­lho­rias nas con­di­ções de vida al­can­çadas du­rante a ac­tual le­gis­la­tura, do que de­corre que «a CDU é a força de­ci­siva para avançar» e, por isso, «não há po­lí­tica ou go­verno de es­querda sem a sua con­tri­buição».

Tudo a ver

Na sexta-feira, 26, a meio da tarde, nos ser­viços cen­trais e nos es­ta­leiros da Câ­mara Mu­ni­cipal de Serpa, João Fer­reira vol­taria a con­tactar tra­ba­lha­dores e a deixar-lhes pa­la­vras de in­cen­tivo para que levem a luta até ao voto e tudo façam para que nin­guém fique em casa.

Na pré-cam­panha elei­toral, a CDU tem ad­ver­tido que este é um ano de grandes e de­ter­mi­nantes de­ci­sões. Num jantar de casa cheia em Portel, terça-feira, 23, no qual in­ter­veio igual­mente João Pi­menta Lopes, e pos­te­ri­or­mente num al­moço re­pleto de en­tu­si­asmo em Pias, na sexta-feira, João Fer­reira con­subs­tan­ciou aquele facto aler­tando que «há ainda quem ache que esta coisa das elei­ções para o PE é de pouca im­por­tância, porque fica lá longe».

Não é assim, pros­se­guiu o pri­meiro can­di­dato da CDU, e basta olhar para as con­sequên­cias das po­lí­ticas e ins­tru­mentos da UE im­postos a Por­tugal, sempre sem que fal­tasse a apro­vação en­tu­siás­tica de PS, PSD e CDS, para se per­ceber que o que lá se de­cide cá se paga.

Um exemplo é o Al­queva, que para João Fer­reira «em vez de ser usado para criar ri­queza, serve para criar ricos». Mas ou­tros casos se­me­lhantes não faltam e, assim, «temos de ex­plicar isto e a im­por­tância de re­forçar a CDU» como cen­tral na cons­trução do ca­minho al­ter­na­tivo.

A agri­cul­tura es­teve em des­taque na vista à Ovi­beja, ao final do dia 26, quando João Fer­reira, acom­pa­nhado por Je­ró­nimo de Sousa e pelo de­pu­tado do PCP na As­sem­bleia da Re­pú­blica, João Dias, per­correu o cer­tame. A vi­sita ter­minou com um grupo de can­ta­dores alen­te­janos que, ao de­safio, de dentro do pa­vi­lhão da sua as­so­ci­ação, brin­daram a co­mi­tiva co­mu­nista com uma moda. «Com­pro­meteu-se não faltou, e assim está bem», dis­seram.

Sá­bias pa­la­vras. Pois que nin­guém falte ao com­pro­misso com o povo e o País.