Ao negociar armamento com Israel Portugal colabora com crimes de guerra

O Mo­vi­mento pelos Di­reitos do Povo Pa­les­tino e a Paz no Médio Ori­ente (MPPM) «de­nuncia e con­dena fron­tal­mente a aqui­sição por Por­tugal de equi­pa­mento de guerra elec­tró­nica (EW Suite) is­ra­e­lita para os aviões KC-390 des­ti­nados à Força Aérea Por­tu­guesa». Este ne­gócio é feito com a Elbit Sys­tems, uma das mai­ores em­presas de «se­gu­rança» e «de­fesa» de Is­rael, que for­nece os vá­rios ramos das forças ar­madas is­ra­e­litas, sendo assim par­ti­ci­pante e be­ne­fi­ciária da «cri­mi­nosa e ilegal ocu­pação pelo Es­tado si­o­nista dos ter­ri­tó­rios pa­les­tinos e das agres­sões contra o Lí­bano e ou­tros países da re­gião».

Acres­centa o MPPM, num co­mu­ni­cado de dia 5, que a Elbit Sys­tems, e as suas vá­rias sub­si­diá­rias, con­tri­buem di­rec­ta­mente para «duas das fa­cetas mais pér­fidas da ocu­pação: os ata­ques in­dis­cri­mi­nados às po­pu­la­ções civis, através do for­ne­ci­mento de drones e ou­tros equi­pa­mentos mi­li­tares às forças da ocu­pação, e a cres­cente gue­ti­zação da Cis­jor­dânia, através do for­ne­ci­mento de sis­temas elec­tró­nicos e de vi­gi­lância no Muro de Apartheid e nos co­lo­natos». Apesar de o Go­verno por­tu­guês omitir nos seus co­mu­ni­cados ofi­ciais a li­gação com as re­fe­ridas em­presas is­ra­e­litas, são elas pró­prias a con­si­derar a Força Aérea na­ci­onal um seu «par­ceiro es­tra­té­gico de longa data».

Para o MPPM, tendo o Por­tugal de­mo­crá­tico como ele­mento fun­dador o der­ru­ba­mento pelas Forças Ar­madas do «odioso re­gime co­lo­nial-fas­cista que oprimia o nosso povo e os povos das co­ló­nias por­tu­guesas», é ina­cei­tável que o Go­verno por­tu­guês e essas mesmas forças ar­madas co­la­borem, agora, com a «brutal re­pressão co­lo­nial exer­cida por Is­rael contra o povo da Pa­les­tina». Em causa está, ga­rante, uma «in­to­le­rável co­la­bo­ração do Es­tado por­tu­guês com uma em­presa pro­fun­da­mente im­pli­cada nos crimes de guerra e contra a hu­ma­ni­dade pra­ti­cados por Is­rael».




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