Conselho Nacional da CGTP-IN valorizou dinâmica reivindicativa

LUTA O órgão dirigente da Intersindical Nacional avançou nos trabalhos preparatórios do 14.º Congresso, que se realiza a 14 e 15 de Fevereiro, e apelou à ampla participação na manifestação de dia 31.

Os aumentos alcançados nalguns casos ultrapassam os 90 euros

«Estamos a ter excelentes resultados da dinâmica reivindicativa, nomeadamente no sector privado», afirma o Secretário-geral da confederação, numa breve declaração divulgada após a reunião do Conselho Nacional, na segunda-feira, dia 20. Arménio Carlos fundamentou a apreciação com alguns exemplos, realçando «aumentos de salários significativos, que nalguns casos rondam ou até ultrapassam os 90 euros».

E prosseguiu: «Estamos a passar trabalhadores com vínculos precários para o quadro de efectivos. Há uma luta, que está a resultar, contra o bloqueamento da contratação colectiva. Há também um combate firme à desregulação dos horários, para que os trabalhadores possam articular a vida profissional com a vida pessoal e familiar.»

Os dirigentes analisaram o Orçamento do Estado para 2020, proposto pelo Governo e que está em discussão na Assembleia da República. Para a CGTP-IN, «o Orçamento é desequilibrado, injusto e desrespeitoso». Contempla «máximos, para os grupos económicos, para as parcerias público-privadas e para o Novo Banco, mas fica abaixo dos mínimos para os trabalhadores», disse Arménio Carlos.

A CGTP-IN sublinha que «não é admissível que a verba para actualização dos salários se cifre em 70 milhões de euros, quando a verba estabelecida para as parcerias público-privadas e o Novo Banco atinge 2100 milhões de euros».

«Está provado que há dinheiro e que está a ser mal distribuído», concluiu o Secretário-geral, notando que « têm os trabalhadores da Administração Pública razão para fazerem uma grande manifestação no dia 31 de Janeiro».

Reafirmando a solidariedade da CGTP-IN para com o protesto convocado pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Arménio Carlos deixou um apelo aos trabalhadores e à população, «para apoiarem esta luta, que é pela defesa e melhoria dos direitos dos trabalhadores da Administração Pública, mas, acima de tudo, também é pela defesa e melhoria dos serviços públicos».

Relativamente ao 14.º Congresso da CGTP-IN, que irá ter lugar no Seixal (Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, Arrentela) dentro de três semanas, o Secretário-geral informou que está a ser preparado com grande dinâmica, na discussão com os trabalhadores, com o movimento sindical e com a população.

Para o período de discussão ampla, que está a decorrer, a confederação editou uma síntese do projecto de Programa de Acção, distribuída a nível nacional. Esta fase de discussão deverá culminar na próxima reunião do Conselho Nacional, a 3 de Fevereiro, como Arménio Carlos adiantou, no mesmo dia, em declarações à Lusa.

Revelou ainda que na reunião de segunda-feira foi aprovada a lista para o Conselho Nacional, a propor ao Congresso, bem como o Relatório de Actividades e várias moções e resoluções.

 



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