PCP contra o ruinoso buraco sem fundo que é o Novo Banco

ECONOMIA «Gostava que o Governo se dirigisse ao milhão e 300 mil de trabalhadores que está em lay-off, com o corte de 1/3 de salário, que também tinham contratos assinados, com salários contratualizados, e lhes dissesse que contratos são contratos».

Milhões de euros dos portugueses estão a pagar a conta da limpeza do BES/Novo Banco

LUSA


As palavras são do deputado Duarte Alves e assumiram, dia 13, o carácter de desafio dirigido ao ministro das Finanças em debate de actualidade centrado na mais recente injecção de 850 milhões de euros no Novo Banco.

O parlamentar comunista instou ainda Mário Centeno a transmitir a mesma mensagem aos trabalhadores a recibo verde que foram despedidos, muitos deles que ficaram sem qualquer rendimento, ou aos milhares de pequenos empresários, a quem os apoios contratualizados entre o Estado e a banca continua por chegar.

Duarte Alves aludia à declaração proferida em meados de Abril por Mário Centeno, em audição na AR, no decurso da qual manifestou a intenção de manter a transferência daquele valor para o Novo Banco, sob o argumento de que contratos são contratos, e são para respeitar. Considerou por isso «verdadeiramente inaceitável» que a transferência tenha sido concretizada sem um «controlo político por parte do Governo, sem uma articulação entre o ministro das Finanças e o primeiro-ministro, e com uma agilidade que contrasta totalmente com a quantidade de burocracias que são pedidas às micro e pequenas empresas para terem acesso aos apoios públicos».

À afirmação de Centeno de que o País não se pode dar ao luxo de, no meio de uma crise, colocar um banco em risco respondeu ainda Duarte Alves para sublinhar que Portugal «não pode é dar-se ao luxo de pagar a limpeza e não ficar com o banco».

«Não pode dar-se ao luxo de ver desaparecer milhares de micro-empresas, porque se diz que não há recursos para as apoiar, mas há recursos para continuar a enterrar no Novo Banco», afirmou o deputado do PCP, que voltou a defender que só o controlo público do banco permite assegurar que este seja colocado ao serviço da economia e do País.




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