Auditório 1.º de Maio

Sons de emoção, tradição, sonho e luta

Ar­tistas em palco, al­guns pela pri­meira vez desde há muito. Numa Festa em con­di­ções es­pe­ciais, também es­pe­ciais foram as pa­la­vras de sau­dação à Festa do Avante!, na luta pela re­cu­pe­ração de ren­di­mentos num sector du­ra­mente atin­gido pela au­sência de po­lí­ticas para a Cul­tura e me­didas de pro­tecção dos seus tra­ba­lha­dores.

Coube a Amália Ro­dri­gues – por in­ter­postas vozes – a aber­tura do Au­di­tório 1.º de Maio da Festa do Avante!. Ao tra­di­ci­onal trio ins­tru­mental do Fado juntou-se um vi­o­lon­celo, en­quanto Ci­dália Mo­reira, Ana Sofia Va­rela e Luís Ca­eiro davam voz a Amália: o Amor e os Po­etas. Três vozes re­par­tidas por três ge­ra­ções de fa­distas, tra­çando uma linha que pro­jecta no fu­turo fados que já são pa­tri­mónio co­lec­tivo.

«Não podia co­meçar em me­lhor sítio», disse Al­dina Du­arte ao pú­blico que veio ao seu en­contro, na­quele que foi o con­certo de re­tomar o tra­balho. Al­dina cantou fados da grande e in­ven­tiva abor­dagem que vem fa­zendo do Fado Tra­di­ci­onal. Entre estes, muitos fados «rou­bados» (tí­tulo do álbum de 2019), acom­pa­nhada por Paulo Par­reira e Ro­gério Fer­reira. Emo­ci­o­nada e feliz, de­sa­fiou: «vamos ver quem con­segue ver na Festa do Avante! um exemplo para isto ir para a frente».

Dizer «aqui está-se sos­se­gado» era ver­dade no Au­di­tório. E é também o tí­tulo do tra­balho de Ca­mané e Mário La­ginha, o duo de uma só res­pi­ração que es­pa­lhou na Quinta do Cabo me­lo­dias e pa­la­vras que o pú­blico «agarrou». De re­pente, a Car­va­lhesa apro­veitou-se do si­lêncio entre duas can­ções, vinda do Palco 25 de Abril, e en­trou no es­paço do Au­di­tório. Mário La­ginha juntou-se-lhe e passou a me­lodia às vozes do pú­blico, num mo­mento de feliz de­sas­sos­sego que é, afinal, o sen­tido mesmo da Festa. Viria ainda muito mais (e um en­core), com Aban­dono (Fado Pe­niche) a li­bertar pro­lon­gados aplausos e o clamor de «fas­cismo nunca mais».

PTA planta pa­la­vras do quo­ti­diano na teia so­nora que Switzz­beats vai te­cendo. Mas foi de nua voz que im­pro­visou versos de elogio à Festa e anun­ciou a de­ter­mi­nação em «lutar pelos so­nhos, para que o Amanhã seja me­lhor que o Hoje». A mú­sica de PTA Slowmo é a tra­dução ar­tís­tica dessa in­tenção.

À frente do palco, uma me­nina can­tava, uma a uma, as can­tigas de Galo Gordo e, in­di­fe­rente à ca­ní­cula, in­ven­tava co­re­o­gra­fias que su­bli­nhavam as pa­la­vras. Pro­metia-se «uma opor­tu­ni­dade única para apre­sentar às cri­anças, às fa­mí­lias e à co­mu­ni­dade edu­ca­tiva um dos mais con­sis­tentes pro­jectos mu­si­cais e li­te­rá­rios para a in­fância em Por­tugal». E a pro­messa cum­priu-se.

A voz é po­de­rosa, o modo é gentil e com­ba­tivo. Ana Laíns canta e fala para quem a ouve. Seis mú­sicos acom­pa­nham-na pela ge­o­grafia mu­sical que é Fado e é ro­mance trans­mon­tano, pela ge­o­grafia hu­mana que é Te­resa Torga e o En­trudo, pela ge­o­grafia da cri­ação com José Afonso, Amélia Muge, a Bri­gada e muitos mais. En­canta nos gé­neros todos que in­ter­preta, ora lí­rica ora com­ba­tente.

Na tarde de sá­bado, o En­semble Ma­nuel Jorge Ve­loso, com­posto por mú­sicos da Or­questra do Hot Clube, mí­tico es­paço que aquele ajudou a fundar, ce­le­braram o in­can­sável com­po­sitor, exe­cu­tante, crí­tico e pe­da­gogo da mú­sica, e es­pe­ci­al­mente do Jazz. Ini­ci­ando com três temas da banda so­nora do filme Be­lar­mino, com­posta por Ma­nuel Jorge Ve­loso, ba­nharam a Festa com mes­tria, swing ir­re­sis­tível e im­pro­viso eman­ci­pador, ce­le­brando aquele que, afir­maram, «nos ins­pirou e ins­pira».

Aos om­bros de gi­gantes como Vitor Jara, Sa­ra­mago, ou, e prin­ci­pal­mente, a «ma­drinha» Vi­o­leta Parra, el Sur pre­en­cheu o 1.º de Maio com um re­per­tório do lado certo da his­tória, de li­ber­dade e de «vida ali re­cu­pe­rada», onde a Ata­laia se tornou «mi (nossa) pá­tria». el Sur emo­ci­onou porque todas as pa­la­vras e cada nota são sen­tidas, sin­ceras. Entre ou­tras, a in­ter­pre­tação de Tanto Mar, de Chico Bu­arque, terá, se­gu­ra­mente, hu­me­de­cido algum par de olhos. «Quantos é que nós somos?», com a par­ti­ci­pação de LBC Soldjah, teve e tem tanta per­ti­nência que ficou na ca­beça horas de­pois de ter ter­mi­nado.

Ime­di­a­ta­mente após a en­trada em palco de Rosa Mi­mosa e sus Ma­ri­posas, o 1.º de Maio deu um salto fes­tivo para a Amé­rica do Sul, com marca in­de­lével da Cumbia Co­lom­biana. E, também sú­bito, foi o con­tágio rít­mico das ondas so­noras para os «corpos em dis­tan­ci­a­mento». Sim, é pos­sível, e foi ali tes­te­mu­nhado, que mesmo com as cir­cuns­tan­ciais dis­tân­cias fí­sicas ne­ces­sá­rias, a mú­sica apro­xima e faz ale­gria.

No final de Olha o Robot, Lena d’Água re­cordou o dia em que, há pre­ci­sa­mente 39 anos, es­teve na Festa, com os Sa­lada de Frutas. Apre­sentou can­ções de então e de agora, ho­me­na­geou «quem montou toda esta Festa, para que pu­dés­semos estar aqui sem medo». Num dos mais belos es­pec­tá­culos do Au­di­tório, Lena d’Água trouxe à Festa muita mú­sica e o tes­te­munho de que Arte é Tra­balho. «Vol­tarei sempre que me qui­serem – disse no eco de Sempre que o Amor me quiser – para fazer parte desta Festa que há-de durar muitos anos».

Dead Combo e a sua mú­sica têm um nu­me­roso pú­blico na Festa, mas as pa­la­vras foram ali igual­mente es­sen­ciais: «pa­ra­béns ao PCP por ter tido a co­ragem de or­ga­nizar a Festa e mos­trar como se fazem as coisas», disse Tó Trips, de­nun­ci­ando «a es­cu­malha do medo». Deus Me Dê Grana ins­talou-se no ter­ri­tório do Au­di­tório, onde gente de todas as idades tinha já co­lo­rido a massa branca de ca­deiras ge­o­me­tri­ca­mente dis­postas. Be­lís­simo con­certo. Emo­tivo en­contro entre ar­tistas e pú­blico na Festa da Li­ber­dade (pa­la­vras de Tó Trips, sau­dadas pelo nu­me­roso pú­blico).

Entre o Jazz, a Bossa Nova, e de­mais sa­bores, os temas ori­gi­nais de Vénus Ma­tina apre­sen­tados no 1.º de Maio são de exe­cução ma­gis­tral. As mu­danças rít­micas são ina­ta­cá­veis e Eva Paiva é ve­ludo na pre­sença se­rena e quase tí­mida em palco, mas so­bre­tudo nas pa­la­vras, com in­te­li­gi­bi­li­dade e be­leza per­feitas, e também no scat, que surge aqui e ali, nunca so­ando ina­pro­priado ou ex­ces­sivo.

A Festa já «sabe» que Uxu Ka­lhus são uma força da na­tu­reza que se ma­ni­festa de rom­pante. A en­trada com o Ma­lhão desta banda que já co­nhece aqueles palcos, é uma aposta se­gura, ganha, e que faz adi­vi­nhar que não pa­rará mais (e não parou!) a energia que dali sai. A voz de Joana Mar­gaça im­pres­siona pela be­leza, pelo timbre e pelo poder que, quase ines­pe­rado, mas sempre na al­tura certa, lhe con­segue im­primir. A can­tora não pára em palco e trans­mite energia que não acaba, su­por­tada no ma­gis­tral som que a banda atinge na rein­venção do fol­clore por­tu­guês.

Qual é o re­sul­tado dum ar­tista que olha o mundo, vê o que está mal e vai in­tervir? Luta Livre. Sem meias pa­la­vras, com um do­mínio do palco in­su­pe­rável, Luís Va­ra­tojo, que é tudo menos um es­tranho na Festa do Avante!, não con­segue fazer nada mal, su­pera-se, vai mais longe e ali­menta a luta por um mundo me­lhor. Anuncia ao que vai, em cada tema que in­troduz, e de­pois vai mesmo. Quando chega Po­lí­tica, toda a gente canta em unís­sono o re­frão «As­so­ci­a­ções, sin­di­catos e par­tidos: as classes do­mi­nantes têm horror aos co­lec­tivos!» não resta dú­vida: a luta está ins­ta­lada. Luís Va­ra­tojo é dos bons. Se­guro e im­pac­tante. E ar­tista mi­li­tante.

Logo após o grande co­mício, o nome de Ma­nuel Jorge Ve­loso subiu de novo ao palco do Au­di­tório, num se­gundo con­certo de ho­me­nagem, pela Or­questra de Jazz do Hot Clube de Por­tugal di­ri­gida por Luís Cunha. O Hot apre­sentou um re­por­tório de com­po­si­ções de Charles Mingus, um dos grandes da his­tória do Jazz, com Ti­juana Gift Shop e muitas mais com­po­si­ções, em ar­ranjos de Luís Cunha e César Car­doso, en­chendo de pú­blico o úl­timo con­certo da Festa. So­listas – entre os quais Tomás Pi­mentel, mú­sico de mil apre­sen­ta­ções na Festa – su­ce­diam-se na mais bela me­tá­fora da Festa (e da vida): um lugar em que o in­di­víduo e o co­lec­tivo são, por igual, in­dis­pen­sá­veis.




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