Organizações Regionais

Sabor a liberdade, resistência e solidariedade

Mal as portas da Festa da ami­zade, da so­li­da­ri­e­dade e da fra­ter­ni­dade se abriram, o «fre­nesim» nas or­ga­ni­za­ções do Par­tido, com re­a­li­dades re­gi­o­nais dis­tintas, foi, uma vez mais, im­pres­si­o­nante. Pri­meiro porque trou­xeram con­sigo um «aviado» do que de me­lhor se pode en­con­trar no plano gas­tro­nó­mico, cul­tural e de ar­te­sa­nato. De­pois, neste tempo de epi­demia e medo, pela ca­pa­ci­dade or­ga­ni­za­tiva de­mons­trada, por exemplo, nos pa­vi­lhões, com am­plas es­pla­nadas, e nas filas de pré-pa­ga­mento. Em toda a parte, foram dis­po­ni­bi­li­zados pontos de la­vagem de mãos. As mesas e ca­deiras foram de­sin­fec­tadas a cada en­trada e saída. De­mons­trou-se pro­fis­si­o­na­lismo e uma de­di­cação des­me­su­rável.

Uma vez mais, ma­ni­fes­taram-se sen­ti­mentos e mo­mentos únicos, que nos fazem fe­lizes e pre­pa­rados para lutar por um fu­turo me­lhor para todos. Vamos então ao pé­riplo.

Cas­telo Branco e Guarda

Quem en­trou pelo acesso da Quinta do Cabo en­con­trou, do seu lado es­querdo, Cas­telo Branco e Guarda, dis­tritos que deram a co­nhecer as lutas tra­vadas pelos co­mu­nistas em de­fesa da água pú­blica. «Go­verno PS, PSD e CDS fa­vo­recem o ne­gócio da água», lia-se num cartaz. Nou­tros aler­tava-se para a ne­ces­si­dade de «Salvar os nossos rios», que o lay-off nas em­presas de trans­portes «pre­ju­dica tra­ba­lha­dores e utentes» e que os pro­du­tores de ce­reja ti­veram que­bras de pro­dução su­pe­ri­ores a 50 por cento. Exigiu-se, si­mul­ta­ne­a­mente, o en­cer­ra­mento da Cen­tral Nu­clear de Al­maraz e a abo­lição das por­ta­gens na A23, A24 e A25.

De resto, os ma­ra­nhos, en­chidos e queijos, acom­pa­nhados por vi­nhos das re­giões, «per­fu­mavam» o es­paço. Em vá­rios mo­mentos, di­vulgou-se a gaita de foles e as per­cus­sões.

Al­garve

Con­ti­nu­amos até ao Al­garve, «rico» em doces re­gi­o­nais, peixe e ma­risco, mas que en­frenta uma si­tu­ação alar­mante. «Os im­pactos da pan­demia no Al­garve, bem como o apro­vei­ta­mento que dela fez o grande ca­pital, vi­eram expor ainda mais as con­sequên­cias de um mo­delo eco­nó­mico as­sente na mono-ac­ti­vi­dade do tu­rismo, onde pre­va­lecem os baixos sa­lá­rios, a pre­ca­ri­e­dade, o tra­balho in­formal e sa­zonal, lado a lado com mi­lhões de euros de lucro acu­mu­lados pelos grupos eco­nó­micos», lia-se na ex­po­sição, onde so­bres­saiam ver­da­deiras pa­la­vras de ordem, como «A luta não ficou nem está de qua­ren­tena!».

Lisboa

Até Lisboa é «sempre em frente». Uma es­cul­tura em ferro da foice e do mar­telo, sím­bolos que re­pre­sentam a classe tra­ba­lha­dora, abria o es­paço. Se­guimos os aromas que nos «pu­xavam» até à Chur­ras­queira e a Ham­bur­geria. A Pas­te­laria e o Só Frutas acres­cen­tavam boas ra­zões para ali per­ma­necer, bem como os stands do Al­far­ra­bista, da Feira da Ladra, do Co­lec­ci­o­nador e do Sai-Sempre.

A ex­po­sição po­lí­tica era de­di­cada à luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções. «A luta é o ca­minho para de­fender os ser­viços pú­blicos», afir­mava-se na mostra, que de­nun­ciava pro­blemas e avan­çava com pro­postas. Todas as noites, o Es­paço do Fado foi palco da canção do povo. Os de­bates «Fim à ocu­pação e crimes de Is­rael», «Lisboa. A ci­dade que que­remos» e «TAP pú­blica ao ser­viço do País» foram ou­tros dos mo­tivos de in­te­resse, a par da apre­sen­tação do 28.º Ca­derno Ver­melho.

Leria

Des­cendo rumo ao Palco 25 de Abril en­con­tramos Leiria, terra de «re­sis­tência e li­ber­dade». «Avante! A ver­dade a que tens di­reito», lia-se junto à pa­daria, onde se en­con­trava o tão pro­cu­rado pão com chou­riço. Do outro lado, a afa­mada sar­dinha as­sada de Pe­niche. Nou­tras pa­redes cla­mava-se «Pelo di­reito à saúde» e por «De­sen­volver o dis­trito de Leiria». O de­bate «Pro­dução e so­be­rania na­ci­o­nais» foi par­ti­ci­pado.

Ma­deira

A ex­po­sição tra­zida pelos co­mu­nistas ma­dei­renses abor­dava o papel de­ter­mi­nante do Par­tido no com­bate ao fas­cismo no ar­qui­pé­lago, e re­cor­dava a brutal acção da PIDE, em 1948, com o ob­jec­tivo de des­truir a or­ga­ni­zação do PCP e a re­sis­tência an­ti­fas­cista. «O povo ma­dei­rense, em par­ti­cular os co­mu­nistas, pagou um ele­vado preço pela sua acção contra o fas­cismo: re­pressão brutal, pri­sões, tor­turas e as­sas­si­natos», acen­tuou-se. Neste es­paço foi apre­sen­tado o livro «Uma luta se­cular» pela água, de João Li­zardo, edi­tado pela Pá­gina a Pá­gina. A gas­tro­nomia re­gi­onal não faltou à mesa.

Viseu

Junto à roda gi­gante vis­lum­brámos Viseu, onde os vi­nhos e en­chidos foram um bom cartão de vi­sita, a par da posta de vi­tela arou­quesa. Va­lo­rizou-se ainda a ac­ti­vi­dade do Par­tido «nas em­presas e lo­cais de tra­balho, contra a uti­li­zação abu­siva do lay-off, em de­fesa de sa­lá­rios e di­reitos» e dos «ser­viços pú­blicos e do di­reito à saúde».

Vila Real

O «aroma» da fei­joada levou-nos até Vila Real. Ali deu-se a co­nhecer a his­tória de Mi­litão Bessa Ri­beiro. «Nem os es­pan­ca­mentos, nem a longa in­co­mu­ni­ca­bi­li­dade, nem a cer­teza da morte por falta de tra­ta­mento, pu­deram fazer va­cilar um mo­mento que fosse o ope­rário fiel à sua classe e à grande causa do co­mu­nismo». A ci­tação é do Avante n.º 140 de Ja­neiro de 1950. Ali foi apre­sen­tado o livro «Ba­lanço pre­cário», de Carlos Cou­tinho.

Porto

Mais a baixo en­con­trava-se o Porto, com a cam­panha «Em de­fesa dos nossos rios», tema abor­dado num de­bate. Nas fa­chadas ver­da­deiros mu­rais po­lí­ticos. «Va­lo­rizar o Douro. Fis­ca­lizar a na­ve­ga­bi­li­dade», «des­po­luir e clas­si­ficar as praias flu­viais», «com­bater as des­cargas ile­gais» foram as men­sa­gens tra­zidas. Entre uma ementa va­riada, não po­diam deixar de estar as fran­ce­si­nhas e as tripas à moda do Porto, a par do acla­mado vinho do Porto.

Viana do Cas­telo

Se­guimos para Viana do Cas­telo. Os ro­jões, as pa­ta­niscas e o ba­ca­lhau frito – acom­pa­nhados por vi­nhos verdes e al­va­ri­nhos – fi­zeram as de­lí­cias de muitos. Entre ou­tros ele­mentos que em­be­le­zavam o es­paço, des­taque para os «co­ra­ções» de Viana, ex li­bris da ou­ri­ve­saria por­tu­guesa. Com o «sol posto», este sím­bolo da ho­nes­ti­dade e ge­ne­ro­si­dade ilu­mi­nava-se, tra­zendo mais pes­soas.

Alen­tejo

O Alen­tejo – com a sua gas­tro­nomia, vi­nhos e ar­te­sa­nato, tão pró­pria – fi­cava a al­gumas «meia dúzia» de passos. «Con­fi­ança e luta por uma vida me­lhor», ates­tavam os alen­te­janos, numa gi­gan­tesca porta de en­trada que dava acesso aos es­paços de Beja, Por­ta­legre, Évora e Li­toral Alen­te­jano.

«Só com a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo será pos­sível cons­truir uma re­gião e um País mais justo e so­li­dário», su­bli­nhava a ex­po­sição, que abor­dava o re­forço do PCP e as pro­postas do Par­tido para a re­gião. Os de­bates «Cul­turas in­ten­sivas e super-in­ten­sivas» e «De­sen­vol­vi­mento para o Alen­tejo» com­ple­taram a pro­gra­mação.

Bra­gança

Che­gamos a Bra­gança, dis­trito que evocou a Festa Trans­mon­tana, re­a­li­zada, há 40 anos, nos dias 24 e 25 de Agosto de 1980, em Mi­ran­dela. Aquela ini­ci­a­tiva, pro­mo­vida pela Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Trás-os-Montes, contou com a pre­sença de Álvaro Cu­nhal, na al­tura Se­cre­tário-geral do PCP. «A Festa Trans­mon­tana foi e é um marco his­tó­rico do PCP em Trás-os-Montes, porque con­so­lidou o co­lec­tivo par­ti­dário e afirmou a força dos co­mu­nistas face a todas as ad­ver­si­dades», re­fere-se num painel. Aqui de­bateu-se «As raças au­tóc­tones e a so­be­rania ali­mentar. A posta mi­ran­desa fazia crescer «água na boca».

San­tarém

Na car­to­grafia da Festa, San­tarém fi­cava mais acima, outro dis­trito com uma gas­tro­nomia e vi­nhos de ex­ce­lência. Pa­tente es­teve a mostra «Pro­dução, em­prego, de­sen­vol­vi­mento. Outro rumo para o País». Na parte do «Em­prego», enu­meram-se al­gumas das pro­postas do PCP, no­me­a­da­mente tornar ilí­citos e re­vo­gá­veis os atro­pelos à le­gis­lação la­boral e à con­tra­tação co­lec­tiva. No de­bate falou-se sobre «A po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que o PCP de­fende e propõe».


Se­túbal

Em Se­túbal – onde os sa­bores do mar se afir­maram – exigiu-se, em di­versos pai­néis, «Mais di­reitos, mais em­prego, mais de­sen­vol­vi­mento e mais pro­dução re­gi­onal». Para isso é pre­ciso in­vestir na agri­cul­tura e nas pescas; na in­dús­tria; no co­mércio e ser­viços; no tu­rismo; nos ser­viços pú­blicos e equi­pa­mentos so­ciais; nos trans­portes e infra-es­tru­turas.

Temas abor­dados nos de­bates «Lutas nas em­presas e lo­cais de tra­balho da Pe­nín­sula de Se­túbal» e «A in­ter­venção do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo po­pular na re­gião de Se­túbal».

O es­paço aco­lheu ainda a ofi­cina «Uma vi­agem pelo rio» e um con­certo mu­sical, ac­ti­vi­dades di­ri­gidas para os mais novos, da res­pon­sa­bi­li­dade dos Modo Menor.

Açores

Antes de chegar ao Es­paço In­ter­na­ci­onal es­tavam os Açores, onde se vão re­a­lizar elei­ções le­gis­la­tivas re­gi­o­nais no dia 25 de Ou­tubro. As igua­rias re­gi­o­nais pro­por­ci­o­naram uma vi­agem por lu­gares únicos. A mor­cela com ananás, os queijos das ilhas e os li­cores eram ir­re­sis­tí­veis.


Aveiro

O cen­te­nário de Mário Sa­cra­mento – mé­dico, es­critor, mi­li­tante do PCP, re­sis­tente an­ti­fas­cista – foi as­si­na­lado pela Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Aveiro. «Façam o mundo me­lhor, ou­viram?». A frase ins­crita foi pro­fe­rida pelo ho­me­na­geado, que «teve uma vida curta, apenas 48 anos, de­di­cada aos ou­tros». Como o pró­prio afirmou: «O meu ofício, a minha arte, é a vida – mas é em pri­meiro lugar a vida dos ou­tros». O leitão da Bair­rada e a do­çaria «bri­lhavam» por entre uma pa­nó­plia de sa­bores.

Coimbra

Em Coimbra va­lo­rizou-se a imensa ac­ti­vi­dade do Par­tido no dis­trito. As ac­ções em de­fesa do Hos­pital dos Co­vões e pela con­clusão da Obra Hi­dro­a­grí­cola do Baixo Mon­dego, a par da va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, fa­ziam parte da de­co­ração. Os co­mu­nistas ma­ni­fes­taram ainda a sua so­li­da­ri­e­dade com a luta dos tra­ba­lha­dores da Such, Transdev e Na­vi­gator. Des­taque, pela di­mensão e cores, para um con­junto de pai­néis, im­pres­si­o­nantes, re­la­ci­o­nados com o tra­balho nas fá­bricas, na agri­cul­tura e na pesca. Na gas­tro­nomia o porco no es­peto e os pas­téis de Ten­tugal foram os mais pro­cu­rados.

Braga

«E a cada novo as­salto, cada es­ca­lada fas­cista, su­birá sempre mais alto, a ban­deira co­mu­nista». Este frag­mento de «A ban­deira co­mu­nista» – es­crito há 45 anos por Ary dos Santos, no dia do as­salto ao Centro de Tra­balho de Braga do PCP – fazia parte da ex­po­sição de Braga, onde foram lem­bradas, também com ele­mentos au­di­o­vi­suais, as lutas tra­vadas no dis­trito e a ac­ti­vi­dade do Par­tido. «Pre­ca­ri­e­dade em tempo de pan­demia» e «A luta que as chamas não quei­maram. Minho 45 anos de­pois!», foram temas de­ba­tidos no es­paço. O arroz de pato e ou­tras igua­rias foram pro­ta­go­nistas. As fi­guras de barro, pin­tadas à mão, cha­mavam a atenção pela sua be­leza.




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