Sem a paz não há futuro

Manuel Rodrigues

Como é sabido – mas pouco notório (que, obviamente, disso não cuidam aqueles para quem a guerra é uma fonte inesgotável de negócio) - 21 de Setembro é o Dia Internacional da Paz.

Assinalando a efeméride, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) apelou ao empenhamento e mobilização em defesa da paz e dos princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa (CRP) e na Carta das Nações Unidas, nomeadamente: a soberania e os direitos dos povos; a igualdade soberana dos estados; a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais; o não recurso à força ou à ameaça do recurso à força nas relações internacionais; e o desarmamento geral, simultâneo e controlado.

E lembrou que apenas no respeito destes princípios será possível salvaguardar a paz e a segurança no mundo, que considera seriamente ameaçadas pela acção daqueles que afrontam, de forma clara, as normas de convivência pacífica entre os povos e os Estados, alcançadas e estabelecidas no Direito Internacional após o final da II Guerra Mundial.

De facto, a defesa da paz torna-se ainda mais importante quando os EUA e os seus aliados promovem o aumento drástico das despesas militares, lançam uma nova e perigosa corrida aos armamentos, incluindo nucleares, disseminam bases e instalações militares por todo o mundo, promovem a militarização do espaço sideral, desestabilizam e agridem diversos países e povos – não se coibindo de utilizar as condições criadas pela COVID-19 como uma arma para assegurar o controlo de recursos e mercados e impor a sua supremacia económica, tecnológica, militar, informacional e ideológica a nível mundial.

O CPPC apela aos amantes da paz que se mobilizem para reclamar das autoridades portuguesas medidas em defesa da democracia e da paz, coerentes com o espírito e a letra da CRP.

É que sem a paz, não haveria nem humanidade nem futuro.




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