TAP pública e ao serviço do País defendida em manifesto

FIR­MEZA «É pre­ciso que o poder po­lí­tico não ceda pe­rante os grandes in­te­resses e que as­suma o de­sen­vol­vi­mento da em­presa», de­fende-se no «Ma­ni­festo por uma TAP pú­blica ao ser­viço do País».

A TAP faz falta ao País e a sua des­truição teria custos muito ele­vados

lusa

O do­cu­mento, lan­çado a 24 de Se­tembro, numa con­fe­rência de im­prensa pro­mo­vida pela Co­missão de Tra­ba­lha­dores da TAP, no Ae­ro­porto Hum­berto Del­gado, é subs­crito por ac­tuais e an­tigos tra­ba­lha­dores da com­pa­nhia e de ou­tras em­presas do trans­porte aéreo, in­cluindo di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais e mem­bros de ou­tras CT, e três de­zenas de per­so­na­li­dades com in­ter­venção em di­fe­rentes áreas.

Co­me­çando por as­si­nalar que a TAP vive «mais um im­por­tante mo­mento de de­cisão do seu fu­turo», de­fende-se que é pre­ciso pre­pará-la«para en­frentar as di­fi­cul­dades dos pró­ximos meses e anos». Mas «isso não pode im­plicar a re­cu­pe­ração de ve­lhos planos de des­ca­rac­te­ri­zação da com­pa­nhia ou de pre­ca­ri­zação das re­la­ções la­bo­rais», sendo ne­ces­sário «pro­teger o em­prego e os di­reitos de quem lá tra­balha», «re­cusar im­po­si­ções e chan­ta­gens vindas do es­tran­geiro» e «im­pedir que a TAP se trans­forme numa pe­quena su­cursal de uma grande mul­ti­na­ci­onal».

Além disso, «é pre­ciso in­te­grar todo o Grupo TAP – SPdH, Por­tu­gália, Ca­te­ringpor – numa es­tra­tégia mais ampla de de­sen­vol­vi­mento do País».

Em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas, Rui Nunes, da CT da TAP, ci­tado pela agência Lusa, sa­li­entou que «não que­remos ser uma em­presa sub­si­diária, nem ser trans­for­mados numa “low-cost”». Esta po­sição foi igual­mente su­bli­nhada por Aquino de No­ronha, re­for­mado da TAP, que acen­tuou que qual­quer so­lução que não passe por mantê-la na es­fera pú­blica vai fazer com que a com­pa­nhia «não possa ser aquilo que se es­pera e ser im­por­tante para o País».

No ma­ni­festo alerta-se que, «no plano da re­es­tru­tu­ração im­posta pela União Eu­ro­peia, a ser pla­neada pela con­sul­tora ame­ri­cana Boston Con­sul­ting Group (a mesma que Ne­e­leman chamou em 2016 para re­a­lizar um es­tudo que di­tasse a re­dução da TAP), já se prevê nova re­dução de tra­ba­lha­dores». Por outro lado, «também se fala em pro­curar um novo par­ceiro para o ca­pital da TAP».

Ora, «pelos pe­rigos que podem aí vir para esta em­presa es­tra­té­gica, para os postos de tra­balho e os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, co­loca-se a per­ti­nência da as­si­na­tura deste ma­ni­festo, que exige o ca­minho de de­fesa da TAP, pela im­por­tância que tem para o País e pela ne­ces­si­dade de de­fender quem lá tra­balha».

 



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