Pelos salários e pela Groundforce trabalhadores unidos na luta

UR­GENTE Os tra­ba­lha­dores da SPdH (Ground­force) ma­ni­festam-se hoje, ao final da manhã, no ae­ro­porto de Lisboa, pelo pa­ga­mento dos sa­lá­rios em atraso e por me­didas que ga­rantam o fu­turo da em­presa.

A luta dos tra­ba­lha­dores é de­ci­siva para a re­so­lução do pro­blema

A CGTP-IN in­formou ontem que, nesta con­cen­tração, es­tará pre­sente a sua Se­cre­tária-geral, Isabel Ca­ma­rinha, a re­a­firmar a so­li­da­ri­e­dade da con­fe­de­ração para com a luta dos tra­ba­lha­dores da em­presa que presta as­sis­tência em terra a pas­sa­geiros e carga da mai­oria das com­pa­nhias de trans­porte aéreo.

Das ac­ções de luta re­a­li­zadas pelos tra­ba­lha­dores e pelas suas or­ga­ni­za­ções re­pre­sen­ta­tivas, des­tacou-se a con­cen­tração de dia 10, quarta-feira da se­mana pas­sada, junto da re­si­dência ofi­cial do pri­meiro-mi­nistro. Aqui com­pa­receu Bruno Dias, de­pu­tado do PCP, que anun­ciou a ini­ci­a­tiva do Par­tido de, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, apre­sentar um pro­jecto de re­so­lução, para de­bate ur­gente (como no­ti­ci­amos na pág. 19).

O Sector de Trans­portes da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa do PCP, num co­mu­ni­cado de dia 15, saudou a luta dos tra­ba­lha­dores pelos sa­lá­rios, pelos postos de tra­balho e pelo fu­turo da em­presa. «É inad­mis­sível que os tra­ba­lha­dores es­tejam sem re­ceber o de­vido sa­lário e sub­sí­dios» e «é ne­ces­sário que o Go­verno tenha uma in­ter­venção ime­diata, tendo em conta a ex­trema gra­vi­dade e ur­gência da si­tu­ação», afirma-se no do­cu­mento, re­al­çando que se trata «de uma em­presa e de um sector de im­por­tância es­tra­té­gica para a avi­ação civil e o seu de­sen­vol­vi­mento».

O Par­tido su­blinha que «a SPdH só irá en­cerrar se o Go­verno assim o en­tender» e apela «a que os tra­ba­lha­dores se man­te­nham firmes na sua luta, com a con­fi­ança de que essa luta será de­ci­siva para a re­so­lução do pro­blema».

Em co­mu­ni­cados con­juntos, os sin­di­catos Si­tava (CGTP-IN), SIMA, Sintac, SQAC e STHA têm in­sis­tido que a SPdH é uma em­presa sau­dável, com mais de 40 mi­lhões de euros de lu­cros acu­mu­lados nos úl­timos anos, e en­frenta uma crise con­jun­tural, ex­clu­si­va­mente de­vida aos efeitos da pan­demia de COVID-19. Desde Fe­ve­reiro de 2020, perdeu um terço da sua força de tra­balho, pelo que os ac­tuais 2400 tra­ba­lha­dores são in­dis­pen­sá­veis para a es­pe­rada re­toma da ac­ti­vi­dade do sector aéreo.

 



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