As metas de­li­ne­adas pelos mi­li­tantes do Par­tido nas vá­rias cé­lulas, or­ga­ni­za­ções con­ce­lhias e dis­tri­tais, foram de­fi­nidas antes do surto epi­dé­mico. Na­tu­ral­mente, o con­fi­na­mento so­cial pro­lon­gado im­posto ao País co­locou di­fi­cul­dades ao cum­pri­mento da ta­refa, mas para um co­lec­tivo ex­pe­ri­men­tado como o do PCP não há obs­tá­culos in­su­pe­rá­veis.

Em Cas­cais é mesmo isso que tem vindo a acon­tecer, como re­latou ao Avante! Fer­nando Mar­ques, membro do exe­cu­tivo da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa e res­pon­sável por aquela or­ga­ni­zação con­ce­lhia.

Não há in­su­pe­rá­veis

Para su­perar os re­ceios, medos e todo o apa­relho da ide­o­logia da classe do­mi­nante, re­for­çado a pro­pó­sito da epi­demia, os mi­li­tantes de Cas­cais têm sido mais cri­a­tivos e em­pe­nhados, pro­cu­rando con­tactar um maior nú­mero de amigos, mem­bros e apoi­antes do Par­tido.

«Já con­se­guimos chegar a mais de uma cen­tena de pes­soas e re­co­lhemos 17 mil euros», re­latou Fer­nando Mar­ques. A meta es­ta­be­le­cida antes da pan­demia era de 40 mil euros. Os co­mu­nistas cas­ca­lenses sabem, por isso, que ainda há muito trilho a per­correr até atin­girem o ob­jec­tivo fi­nan­ceiro que eles pró­prios de­fi­niram. Con­tudo, a sua con­vicção não está aba­lada, pelo con­trário.

A prová-lo, desde o início de Maio, quando fi­caram para trás as me­didas mais res­tri­tivas, se terem des­do­brado em abor­da­gens e con­versas, o que, acre­ditam, per­mi­tirá ir muito mais longe na Cam­panha Na­ci­onal de Fundos «O fu­turo tem Par­tido».

Não mi­li­tantes

con­tri­buem

De resto, Fer­nando Mar­ques re­latou uma das ex­pe­ri­ên­cias mais po­si­tivas com que aquela or­ga­ni­zação se de­parou re­cen­te­mente. «Um tra­ba­lhador veio ter com o Par­tido a um dos nossos cen­tros de tra­balho».

«Um tra­ba­lhador», pros­se­guiu, «com quem nin­guém es­tava fa­mi­li­a­ri­zado e que nos contou que, tendo sa­bido que es­tava em curso uma cam­panha de fundos para o PCP, re­solveu ajudar o Par­tido, con­tri­buindo com 100 euros quando se as­si­nala o Cen­te­nário».

«Afirmou que é com este Par­tido que se iden­ti­fica e no qual confia, por isso de­cidiu ajudar com aquele valor per­ce­bendo a im­por­tância de o fazer», con­ti­nuou o res­pon­sável pela Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Cas­cais.

É também assim que se per­cep­ciona o pres­tígio do Par­tido junto do povo por­tu­guês. Cer­ta­mente, tal como este tra­ba­lhador, muitos ou­tros, por todo o País, sen­tiram ou sen­tirão a ne­ces­si­dade de estar ao lado dos co­mu­nistas, da­queles que nunca ar­redam pé a seu lado sejam quais forem as cir­cuns­tân­cias.

Mais uma razão para alargar os con­tactos e di­na­mizar esta cam­panha com de­ter­mi­nação, con­fi­ança e ou­sadia.