Greve geral na Grécia
Foi anunciada, para amanhã, quinta-feira, 10 de Junho, uma greve geral na Grécia, que resulta de convocatórias de diferentes confederações sindicais e abrange os trabalhadores dos sectores privado e público.
As confederações sindicais que convocaram as paralisações opõem-se à proposta do governo de direita que, além de manter todas as medidas anti-laborais impostas pela UE e o FMI, pretende abolir as 8 horas diárias de trabalho, limitar e manietar o direito de negociação colectiva e de acção e organização sindical, desregular os horários, aumentar o trabalho não pago, facilitar e embaratecer os despedimentos e atacar outros direitos fundamentais.
A GSEE (Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos) e a ADEDY (Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos) são responsáveis por uma convocação de greve geral e a PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) por outra.
Os trabalhadores têm realizado manifestações em Atenas e noutras cidades da Grécia em apoio à mobilização para a paralisação geral.
«O governo aponta ao coração dos direitos laborais – o dia de 8 horas, a acção sindical colectiva, os sindicatos, o direito à greve. A acção dos últimos meses e as iniciativas dos sindicatos ajudaram a denunciar o conteúdo da lei. Respondemos às enormes mentiras e à propaganda do governo. Falhou o seu plano para impor a lei sem reacções», denunciou a PAME, que exige a retirada da lei e reivindica «vida e trabalho com direitos, aumentos de remunerações e pensões, jornada de 7 horas de trabalho, cinco dias, 35 horas de trabalho semanal».