Com os trabalhadores, nas suas lutas

Na mais re­cente edição do bo­letim Ali­cerce, a Or­ga­ni­zação do PCP para os tra­ba­lha­dores da Cons­trução Civil da Re­gião de Lisboa re­alça as em­prei­tadas em curso na cha­mada «Alta de Lisboa», co­lo­cando em con­tra­ponto os sa­lá­rios e di­reitos dos tra­ba­lha­dores e os va­lores por que serão ven­didas aquelas ha­bi­ta­ções.

Assim, se o preço dos T1 está nos 300 mil euros e os T4 em 900 mil, quem os cons­trói au­fere sa­lá­rios a rondar o mí­nimo na­ci­onal, presta tra­balho su­ple­mentar muitas vezes não pago ou pago ile­gal­mente (o que pode atingir 30 por cento da re­mu­ne­ração mensal de­vida ao tra­ba­lhador) e é con­tra­tado com re­curso ao «alu­guer de mão-de-obra, ilegal e ofen­sivo da dig­ni­dade pro­fis­si­onal de cada tra­ba­lhador».

De­tendo-se nesta úl­tima questão, o PCP con­si­dera que o cha­mado tra­balho tem­po­rário na cons­trução civil é, «no geral, ilegal, pa­ra­sita e uma fraude eco­nó­mica», dando o exemplo re­cente de um tra­ba­lhador qua­li­fi­cado que foi con­tra­tado pela Mota Engil para uma obra na Alta de Lisboa com um ven­ci­mento de 4,04 euros por hora (a em­presa de tra­balho tem­po­rário re­cebia 15 euros/ hora por esse tra­ba­lhador). Face à re­cusa do tra­ba­lhador em ser «pau para toda a obra», a Mota Engil pres­cindiu do ser­viço pres­tado e o tra­ba­lhador foi des­pe­dido por te­le­fone.

No sector da lim­peza in­dus­trial, o PCP des­taca a luta por sa­lá­rios e di­reitos, no nú­mero de Ou­tubro do Linha da Frente, bo­letim do Sector na re­gião de Lisboa. Re­al­çando que a «luta e a re­sis­tência ao pa­tro­nato está a dar passos im­por­tantes no sector», o Par­tido va­lo­riza o exemplo dado na Am­bi­Jardim, que presta ser­viço na CP e na IP. O PCP re­clama o pa­ga­mento dos ven­ci­mentos em atraso, o pa­ga­mento do sub­sídio de Natal na to­ta­li­dade e a con­tra­tação di­recta destes tra­ba­lha­dores pelas em­presas às quais prestam efec­ti­va­mente ser­viço, tal como todos os ou­tros fer­ro­viá­rios que tra­ba­lham na es­tação de Santa Apo­lónia.

O PCP de­nuncia ainda, nessa edição, os atro­pelos ao di­reito à greve co­me­tidos pela Sá Limpa no Hos­pital de São José, as vi­o­la­ções aos mais ele­men­tares di­reitos dos tra­ba­lha­dores da ISS no Metro de Lisboa e da Sa­fira no Hos­pital de Santa Maria.

 

 



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