Saúde em Évora reclama acção e clarificação

O que se ve­ri­fica no dis­trito de Évora ao nível dos cui­dados de saúde sus­cita pre­o­cu­pação e exige a cor­res­pon­dente res­posta do Go­verno, no­me­a­da­mente re­for­çando o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, alerta o Par­tido.

Não é ad­mis­sível que as di­fi­cul­dades per­sistam

Em nota, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Évora (DOREV) do PCP fala mesmo em «so­bre­carga de tra­balho dos pro­fis­si­o­nais de saúde» e em «múl­ti­plas di­fi­cul­dades no acesso por parte dos utentes», de­ta­lhando que, no caso dos clí­nicos, so­bres­saem de­nún­cias de que estes, «além das suas ta­refas e fun­ções nor­mais, se vêem so­bre­car­re­gados com a va­ci­nação e ou­tras ta­refas re­la­tivas à pre­venção e com­bate à Covid-19».

Já em re­lação aos utentes, per­sistem de forma agra­vada «a re­dução de con­sultas nos cen­tros de saúde, a di­mi­nuição da res­posta dada pelos cui­dados de saúde pri­má­rios em con­sequência da in­su­fi­ci­ência de pro­fis­si­o­nais, as li­mi­ta­ções na mo­bi­li­dade das po­pu­la­ções como factor im­pe­di­tivo do acesso à saúde».

Neste sen­tido, «o exe­cu­tivo da DOREV do PCP exige ao Go­verno que con­cre­tize as me­didas ur­gentes de re­forço da ca­pa­ci­dade de res­posta do SNS», em par­ti­cular, su­blinha, «a con­tra­tação de mais pro­fis­si­o­nais de saúde e a cri­ação de con­di­ções para a sua fi­xação no dis­trito», bem como «me­didas de re­forço da res­posta dos cui­dados de saúde pri­má­rios e da sua ar­ti­cu­lação com os cui­dados hos­pi­ta­lares».

Para o Par­tido, «não é ad­mis­sível que estas di­fi­cul­dades per­sistam e si­mul­ta­ne­a­mente es­tejam por con­cre­tizar me­didas ins­critas no Or­ça­mento do Es­tado para 2021, pre­ci­sa­mente com o ob­jec­tivo de dar so­lução a muitos destes pro­blemas».

Tarde e mal

No mesmo co­mu­ni­cado de im­prensa, os co­mu­nistas ebo­re­neses con­si­deram que a de­cisão do Go­verno de «exo­nerar o pre­si­dente da Ad­mi­nis­tração Re­gi­onal de Saúde (ARS) do Alen­tejo, Dr José Ro­balo, é con­sequência tardia mas ine­vi­tável da falta de res­posta às ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções e dos utentes dos ser­viços de saúde, bem como da ati­tude de opo­sição e obs­ta­cu­li­zação que as­sumiu ao longo do pro­cesso re­la­tivo ao novo hos­pital cen­tral do Alen­tejo».

«Tendo sido o pre­si­dente da ARS Alen­tejo um dos prin­ci­pais res­pon­sá­veis pelo atraso de todo o pro­cesso de lan­ça­mento do con­curso e ad­ju­di­cação da cons­trução do novo hos­pital, in­cluindo a ad­ju­di­cação e con­sig­nação da obra, não se es­tranha a sua exo­ne­ração e subs­ti­tuição pela Prof.ª Dou­tora Fi­lo­mena Mendes, até agora Pre­si­dente do Con­selho de Ad­mi­nis­tração do Hos­pital do Es­pí­rito Santo de Évora (HESE)», pros­segue a DOREV, que es­tranha, por outro lado, as in­di­ca­ções que dão conta da subs­ti­tuição da­quela pelo ex-pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Re­guengos de Mon­saraz.

Para o PCP, «con­si­de­rando as cir­cuns­tân­cias con­cretas da tra­gédia ocor­rida no lar da Fun­dação Maria Inácia Vo­gado Per­digão Silva, no Verão de 2020, os múl­ti­plos re­latos de pro­fis­si­o­nais de saúde que deram conta do es­tado de aban­dono e falta de cui­dados aos idosos, a dupla res­pon­sa­bi­li­dade de José Ca­lixto en­quanto pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal Re­guengos de Mon­saraz e, si­mul­ta­ne­a­mente, da Fun­dação res­pon­sável pelo lar, e tendo ainda em conta os in­dí­cios de apro­vei­ta­mento in­de­vido dessas res­pon­sa­bi­li­dades para abu­si­va­mente se fazer va­cinar com pri­o­ri­dade face aos res­tantes ci­da­dãos, a no­me­ação de José Ca­lixto para a Ad­mi­nis­tração do HESE cons­ti­tuiria uma total des­con­si­de­ração pelas po­pu­la­ções e utentes dos ser­viços de saúde e uma afronta aos pro­fis­si­o­nais de saúde».

Neste sen­tido, o Par­tido exige «do Go­verno a rá­pida cla­ri­fi­cação desta questão, re­cu­sando a pos­si­bi­li­dade de no­me­ação de José Ca­lixto para tais res­pon­sa­bi­li­dades».



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