Factos e números sobre a situação na Ucrânia

Ideias-chave

É ur­gente: de­ses­ca­lada do con­flito, ins­tau­ração de cessar-fogo, aber­tura de via ne­go­cial

O PCP ex­pressa a sua pro­funda pre­o­cu­pação pelos graves de­sen­vol­vi­mentos na si­tu­ação no Leste da Eu­ropa, com ope­ra­ções mi­li­tares de grande en­ver­ga­dura da Rússia na Ucrânia, e apela à ur­gente de­ses­ca­lada do con­flito, à ins­tau­ração de um cessar-fogo e à aber­tura de uma via ne­go­cial.

 

Cum­prir os prin­cí­pios da Carta da ONU e da Acta Final da Con­fe­rência de Hel­sín­quia

Con­tri­buir para pro­cesso de diá­logo com vista: so­lução po­lí­tica para o con­flito na Ucrânia; res­posta aos pro­blemas de se­gu­rança co­lec­tiva na Eu­ropa; cum­pri­mento dos prin­cí­pios da Carta da ONU e da Acta Final da Con­fe­rência de Hel­sín­quia – como o PCP de­fendeu aquando das guerras contra a Ju­gos­lávia, o Iraque, o Afe­ga­nistão, a Líbia ou a Síria.

 

Agra­va­mento é in­dis­so­ciável da tensão e con­fron­tação de EUA, NATO e UE contra a Rússia

Es­tra­tégia de tensão e con­fron­tação que passa pelo con­tínuo alar­ga­mento da NATO e re­forço mi­litar ofen­sivo junto às fron­teiras da Rússia, em que se in­sere a ins­tru­men­ta­li­zação da Ucrânia, desde o golpe de 2014, com o re­curso a grupos fas­cistas, e que levou a um re­gime xe­nó­fobo e be­li­cista, cuja vi­o­lenta acção é res­pon­sável pelo agra­va­mento de frac­turas e di­vi­sões.

 

A Rússia é um país ca­pi­ta­lista com uma con­cepção de classe oposta à do PCP

O po­si­ci­o­na­mento da Rússia é de­ter­mi­nado pelos in­te­resses das elites e os grupos eco­nó­micos. Po­si­ci­o­na­mento que teve ex­pressão, no­me­a­da­mente, nas de­cla­ra­ções de Putin desta se­mana que cons­ti­tuem uma gros­seira de­for­mação da no­tável so­lução que a União So­vié­tica en­con­trou para a questão das na­ci­o­na­li­dades e o res­peito pelos povos e suas cul­turas.

 

A so­lução não é a guerra, é a paz e a co­o­pe­ração

Em de­fesa dos in­te­resses e das as­pi­ra­ções do povo por­tu­guês e dos povos de toda a Eu­ropa, o Go­verno por­tu­guês de­verá ac­tuar de forma a fa­vo­recer o fim da es­ca­lada de con­fron­tação e a fa­ci­litar uma so­lução ne­go­ciada, e não ali­nhar Por­tugal na es­tra­tégia de cres­cente tensão di­tada pelos EUA, a NATO e a UE.

 

Factos & nú­meros

60%
EUA, a NATO e a UE são res­pon­sá­veis por mais de 60% dos gastos mi­li­tares em todo o mundo


10x
mais de 10 vezes as des­pesas mi­li­tares da Rússia


15 000
mortos nos úl­timos 8 anos no Don­bass - a guerra não co­meçou agora


768 mil mi­lhões €
Or­ça­mento mi­litar dos EUA atinge o maior valor de sempre


4000 mi­lhões €
Do or­ça­mento de de­fesa dos EUA, 4000 mi­lhões de dó­lares são di­recta e as­su­mi­da­mente in­ves­tidos na pressão e cerco mi­litar contra a Rússia, com a con­cessão de 300 mi­lhões aos mi­li­tares ucra­ni­anos


9 969 168
Re­dução da po­pu­lação na Ucrânia, no pe­ríodo de 1991 a 2019

 

Cro­no­logia

•1990

De­cla­ração da So­be­rania Es­tatal da Ucrânia que pro­cla­mava que a re­pú­blica seria "um es­tado per­ma­nen­te­mente neutro que não par­ti­cipa de blocos mi­li­tares", e que armas nu­cle­ares não se­riam aceites, pro­du­zidas, nem ob­tidas.


•1999

Alar­ga­mento da NATO à Re­pú­blica Checa, Hun­gria e Po­lónia


•1999

EUA, a NATO e a UE de­sen­ca­deiam guerra contra a Ju­gos­lávia


•2001

EUA, a NATO e a UE de­sen­ca­deiam guerra contra o Afe­ga­nistão


•2004

Alar­ga­mento da NATO à Bul­gária, Es­lo­vá­quia, Es­lo­vénia, Es­tónia, Le­tónia, Li­tuânia e Ro­ménia


•2004/​5

Com a de­sig­nada "Re­vo­lução La­ranja" e fruto de in­ge­rência ex­terna re­a­liza-se uma "ter­ceira volta elei­toral" não pre­vista na Cons­ti­tuição. Está dado o passo para o fim da neu­tra­li­dade da Ucrânia.

Si­tu­ação na Ucrânia de crise eco­nó­mica, quebra acen­tuada do PIB, reais sen­ti­mentos acu­mu­lados de in­sa­tis­fação e des­con­ten­ta­mento po­pu­lares que são in­se­pa­rá­veis do ca­minho per­cor­rido pela Ucrânia ao longo de anos de res­tau­ração ca­pi­ta­lista.


•2008

Ci­meira da NATO Bu­ca­reste cuja de­cla­ração final aponta o ob­jec­tivo de in­te­grar a Ucrânia e a Geórgia


•2009

Alar­ga­mento da NATO à Al­bânia e Croácia


•2011

EUA, a NATO e a UE de­sen­ca­deiam guerra contra a Líbia


•2013

– No­vembro

Pre­si­dente Viktor Ya­nu­kovych anuncia a sus­pensão da as­si­na­tura do acordo de as­so­ci­ação com a União Eu­ro­peia. Inicia-se o pro­cesso de de­ses­ta­bi­li­zação com des­taque para a Praça Maidan


•2014

– Fe­ve­reiro

Golpe de Es­tado le­vado a cabo pelos sec­tores mais re­ac­ci­o­ná­rios da oli­gar­quia ucra­niana com o apoio do im­pe­ri­a­lismo, após meses de de­ses­ta­bi­li­zação e de es­ca­lada de vi­o­lência

Vic­toria Nu­land, sub­se­cre­tária de Es­tado dos EUA as­sume em con­versa com o em­bai­xador norte-ame­ri­cano em Kiev o plano para a «mu­dança de re­gime» na Ucrânia, che­gando a in­dicar quais os três nomes que se de­ve­riam can­di­datar a elei­ções, e tendo con­fes­sado que os norte-ame­ri­canos já ha­viam in­ves­tido cinco mil mi­lhões de dó­lares na sub­versão.

Acordo fir­mado com o pre­si­dente Ya­nu­ko­vitch com a chan­cela da França, Ale­manha, Po­lónia, com vista a uma so­lução pa­cí­fica para a si­tu­ação na Ucrânia. O acordo não dura 24 horas, sendo rom­pido pelas forças gol­pistas pa­tro­ci­nadas pelos EUA, NATO e UE.

Ins­tala-se uma Junta go­ver­na­tiva que in­clui ele­mentos fas­cistas.

São no­me­ados 3 mi­nis­tros es­tran­geiros que re­cebem a ci­da­dania ucra­niana à pressa para se tor­narem go­ver­nantes de um país que não era o seu. Foi o caso de Na­talie Ja­resko, uma norte-ame­ri­cana, filha de ucra­ni­anos que nasceu em Chi­cago, e que nesse mesmo dia foi em­pos­sada mi­nistra das Fi­nanças. Foi o caso de Ai­varas Abro­ma­vičius, um li­tuano que viveu nos Es­tados Unidos, Rússia e Suécia, e que foi em­pos­sado mi­nistro da Eco­nomia. E também de Ale­xander Kvi­tash­vili, um ge­or­giano que es­tudou nos Es­tados Unidos e que foi em­pos­sado mi­nistro da Saúde.


– Março

Por de­cisão do Con­selho Le­gis­la­tivo local da Cri­meia, tem lugar a 16 de Março o re­fe­rendo sobre o es­ta­tuto da Cri­meia, em que por es­ma­ga­dora mai­oria é apro­vada a reu­ni­fi­cação da Cri­meia e Se­bas­topol com a Rússia.


– Abril

Apro­vado di­ploma que re­co­nhece os mem­bros da de­no­mi­nada Or­ga­ni­zação de Na­ci­o­na­listas Ucra­ni­anos-Exér­cito Re­belde Ucra­niano – co­la­bo­ra­dores das SS nazis du­rante a Se­gunda Guerra Mun­dial e res­pon­sá­veis por inú­meras atro­ci­dades co­me­tidas contra as po­pu­la­ções da URSS e da Po­lónia –, atri­buindo aos seus ve­te­ranos re­ga­lias so­ciais.

Re­fe­rendo em Lu­gansk e Do­netsk (Don­bass) or­ga­ni­zado pelas au­to­ri­dades lo­cais cujo o re­sul­tado foi re­jeição mai­o­ri­tária do Golpe de Es­tado e a afir­mação dos di­reitos po­lí­ticos e cul­tu­rais da re­gião.

Envio de forças ar­madas e mi­lí­cias fas­cistas para o Don­bass. Essas forças são pos­te­ri­o­ri­mente in­se­ridas na de­sig­nada Guarda Na­ci­onal.

Re­curso à força mi­litar – no­me­a­da­mente nas re­giões do Leste da Ucrânia –, para re­primir o mo­vi­mento de pro­testo e opo­sição po­pular ao re­gime gol­pista ile­gí­timo e às me­didas de cariz opres­sivo e xe­nó­fobo. São sus­pensos di­reitos so­ciais como o pa­ga­mentos de pen­sões à po­pu­lação do Don­bass.

Início da guerra no Don­bass sob o pre­texto de uma ope­ração anti-ter­ro­rista.

Brutal re­pressão no Su­deste do país da ge­ne­ra­li­zada re­jeição po­pular do go­verno gol­pista pro­vo­cando mi­lhares de ví­timas, um dra­má­tico fluxo de des­lo­cados e re­fu­gi­ados e crimes ter­ro­ristas, como o ataque à Casa dos Sin­di­catos em Odessa, a 2 de Maio.


•2014

–Maio

Mas­sacre de Odessa - Ataque à Casa dos sin­di­catos tendo sido bar­ba­ra­mente as­sas­si­nadas 46 pes­soas

Elei­ções Pre­si­den­ciais pro­cu­rando le­gi­timar o poder gol­pista - Ganha Petro Olek­siyovych Po­roshenko, mag­nata, um dos 10 ho­mens mais ricos da Ucrânia.


– 2014

Ac­ções mi­li­tares na re­gião do Don­bass, com re­curso a ar­ti­lharia pe­sada e avi­ação de com­bate, pro­vo­cando mi­lhares de ví­timas civis e de­zenas de mi­lhares de re­fu­gi­ados, assim como a des­truição de ci­dades e al­deias e de in­fra­es­tru­turas bá­sicas.

Petro Po­roshenko no­meia o ex-pre­si­dente, ge­or­giano Mikheil Sa­a­kash­vili, seu con­se­lheiro e, pos­te­ri­or­mente, dá-lhe a ci­da­dania ucra­niana antes de o no­mear go­ver­nador de Odessa. En­quanto pre­si­dente da Geórgia, Sa­a­kash­vili foi res­pon­sável pela agressão às re­giões se­pa­ra­tistas da Os­sétia e da Abe­cásia.


– Abril 2015

No­me­ação para con­se­lheiro das forças ar­madas de Dmitry Ya­roch, líder do Sector Pri­vado, força pa­ra­mi­litar de ma­triz nazi-fas­cista que tem es­pa­lhado o terror por todo o ter­ri­tório. Dmitry Ya­roch é pro­cu­rado pela In­terpol, tendo-lhe sido atri­buída a missão de in­te­gração de ba­ta­lhões de vo­lun­tá­rios no exér­cito com o apoio de ins­tru­tores norte-ame­ri­canos, pre­sentes no ter­ri­tório desde me­ados de Março úl­timo.


•2015

As­si­na­tura dos Acordos de Minsk (entre Rússia, Ucrânia, Ale­manha e França). Prevê os me­ca­nismos para a cons­trução de uma so­lução po­lí­tica, ne­go­ciada para o con­flito no Don­bass, pre­vendo con­di­ções de de­sa­nu­vi­a­mento e au­to­nomia da re­gião. Acordos nunca res­pei­tados pelo re­gime ucra­niano

De­cla­ra­ções re­centes de Oleksiy Da­nilov - Se­cre­tário do Con­selho de Se­gu­rança Na­ci­onal e De­fesa ucra­niano - re­ferem que a apli­cação dos Acordos de Minsk sig­ni­fi­caria "a des­truição do País" e que quando foram as­si­nados era já claro "para qual­quer pessoa ra­ci­onal" que era im­pos­sível im­ple­mentá-los.

O cessar fogo pre­visto nos Acordos de Minsk foi apro­vado num quadro em que à ins­ta­lação do sis­tema anti-míssil dos EUA, à mul­ti­pli­cação de bases mi­li­tares da NATO na re­gião e à acção cri­mi­nosa das bri­gadas nazis ar­madas pelos EUA, vem juntar-se as de­ci­sões da NATO de tri­plicar os efec­tivos da sua «Bri­gada de In­ter­venção Rá­pida» e do Con­gresso dos EUA sobre o for­ne­ci­mento ao go­verno gol­pista de ar­ma­mento «letal» - au­tên­ticos pre­pa­ra­tivos para a guerra.

Ucrânia bom­bar­deia sis­te­ma­ti­ca­mente re­pú­blicas auto-pro­cla­madas - es­tima-se que as agres­sões da Ucrânia ao Don­bass desde 2014 te­nham re­sul­tado em cerca de 15 mil mortos e cen­tenas de mi­lhares de re­fu­gi­ados.


•2015

Pro­cesso de ile­ga­li­zação do Par­tido Co­mu­nista Ucra­niano (PCU) que passa a in­tervir na semi-le­ga­li­dade. Está im­pe­dido de par­ti­cipar em elei­ções e de exibir a foice e o mar­telo sob pena de prisão

Re­latos de per­se­gui­ções, agres­sões e vi­o­la­ções dos di­reitos e li­ber­dades das po­pu­la­ções bem como de or­ga­ni­za­ções so­ciais, sin­di­cais e po­lí­ticas.

Lei de "des­co­mu­ni­zação" de­sen­ca­deada pelo novo poder: proi­bição de sím­bolos, proi­bição de li­te­ra­tura, si­mul­ta­ne­a­mente é co­nhe­cida por parte das au­to­ri­dades ucra­ni­anas a pro­moção, le­gi­ti­mação e até ins­ti­tu­ci­o­na­li­zação da acção de mi­lí­cias aber­ta­mente de cariz fas­cista, a re­a­bi­li­tação e elogio his­tó­rico do fas­cismo e a glo­ri­fi­cação dos co­la­bo­ra­dores com o nazi-fas­cismo

PCU é par­ti­cu­lar­mente vi­sado – com a des­truição de sedes, ata­ques, as­sas­si­nato e tor­tura de mi­li­tantes e di­ri­gentes.


– 2016

Es­ta­be­le­ci­mento de uma área de livre co­mércio entre a UE e a Ucrânia, en­tre­gando o mer­cado in­terno da Ucrânia à ra­pina dos grandes mo­no­pó­lios, abrindo portas ao FMI e dei­xando o país de mãos atadas pe­rante as im­po­si­ções dos «cre­dores» e a agenda do grande ca­pital. Um acordo de­si­gual apre­sen­tado como res­posta a crise eco­nó­mica no país, que impôs pri­va­ti­za­ções, de­sin­dus­tri­a­li­zação (num país até então al­ta­mente pro­du­tivo) - a Ucrânia não produz um An­tonov há cerca de 5 anos - , fim da proi­bição da pri­va­ti­zação da terra. Au­mentou em massa a emi­gração de tra­ba­lha­dores.

Pro­grama de des­re­gu­lação eco­nó­mica do FMI com o con­ge­la­mento de sa­lá­rios e pen­sões, au­mento das ta­rifas de ser­viços pú­blicos e fun­ções so­ciais do Es­tado, au­mentos na ele­tri­ci­dade, aque­ci­mento e gás, po­dendo chegar a 280 por cento no caso do gás.


– Junho 2016

Ci­meira da NATO de Var­sóvia - No quadro da es­tra­tégia da NATO tendo como foco prin­cipal a Rússia, de­cor­reram os mai­ores exer­cí­cios da Ali­ança Atlân­tica após a cha­mada «guerra fria». Pela pri­meira vez desde o início da in­vasão da URSS pelas tropas nazis, tan­ques de guerra ale­mães atra­vessam a Po­lónia em di­recção a Leste. Mo­bi­lizam 31 mil mi­li­tares e mi­lhares de veí­culos de 24 países. Os EUA con­tri­buem com 14 mil sol­dados, a Po­lónia com 12 mil e a Grã-Bre­tanha com 800.


– 2016

Par­la­mento de Kiev re­cusa aprovar uma con­venção eu­ro­peia des­ti­nada a cri­mi­na­lizar e pre­venir crimes de ódio, ale­gando que é ne­ces­sário ex­purgar-lhe as re­fe­rên­cias ao gé­nero e à ori­en­tação se­xual, de­fen­dendo que «a lei está pe­jada de coisas que são ina­cei­tá­veis para a nossa so­ci­e­dade».


•2017

Alar­ga­mento da NATO a Mon­te­negro


– De­zembro

Do­nald Trump apre­sentou a nova dou­trina de de­fesa na­ci­onal atri­buindo à Rússia e à China o es­ta­tuto de po­tên­cias ri­vais que pro­curam de­sa­fiar o poder dos EUA e minar a se­gu­rança e pros­pe­ri­dade do país. Dias de­pois EUA con­firmam a venda de ar­ma­mento à Ucrânia: mís­seis an­ti­tanque no valor de 47 mi­lhões de dó­lares, e es­pin­gardas au­to­má­ticas, in­cluindo para franco-ati­ra­dores, no valor de 41 mi­lhões de dó­lares.


•2019

Mu­dança da Cons­ti­tuição que co­loca o ob­jec­tivo de in­te­gração na UE e NATO. Fim total da neu­tra­li­dade


•2019

Eleição de Ze­lensky (co­me­di­ante e ac­tual pre­si­dente) que apontou como com­pro­misso elei­toral acabar com a guerra no Don­bass

A Co­missão Eu­ro­peia as­sume que trans­feriu cerca de 15 mil mi­lhões de Euros para a Ucrânia, desde o golpe de es­tado de 2014.


•2020

Alar­ga­mento da NATO à Ma­ce­dónia do Norte


– De­zembro

A As­sem­bleia Geral das Na­ções Unidas aprova uma re­so­lução con­de­nando a glo­ri­fi­cação do na­zismo. Os EUA e a Ucrânia foram os únicos países a votar contra. Os Es­tados in­te­grantes da UE e da NATO abs­ti­veram-se.

Ze­lensky proíbe os ca­nais na­ci­o­nais te­le­vi­sivos 112 Ucrânia, New­sOne e ZIK. Se­gundo o PCU «É a des­le­gi­ti­mação da Ucrânia como um Es­tado so­be­rano, através da mais se­vera cen­sura na es­fera da in­for­mação, através da per­se­guição e do terror contra jor­na­listas e todos aqueles que dis­cordam da po­lí­tica anti-po­pular do re­gime fan­toche dos oli­garcas e nazis na Ucrânia». Pos­te­ri­or­mente, será proi­bido um quarto canal na­ci­onal.


– Fe­ve­reiro 2021

Forças ar­madas da Ucrânia anun­ciam pre­pa­ração para «ac­ções ofen­sivas em meio ur­bano», com o sig­ni­fi­ca­tivo au­mento da con­cen­tração de meios mi­li­tares ucra­ni­anos na zona de de­li­mi­tação do Don­bass, in­ten­si­fi­cação dos bom­bar­de­a­mentos contra os ter­ri­tó­rios das auto-pro­cla­madas re­pú­blicas de Do­netsk e Lu­gansk, cau­sando novas ví­timas mor­tais entre a po­pu­lação.


– Junho 2021

Ci­meira da NATO onde es­teve em dis­cussão o Con­ceito Es­tra­té­gico e a de­no­mi­nada ‘Agenda NATO 2030’, par­ti­cu­lar­mente cen­trados no ob­jec­tivo da con­fron­tação com a China e a Rússia.


– No­vembro/​De­zembro 2021

Ucrânia abre o seu es­paço aéreo para que os EUA que re­a­lizam mais de dez voos de bom­bar­deiros si­mu­lando ata­ques nu­cle­ares à Fe­de­ração Russa, e re­forçam pre­sença mi­litar na re­gião.

Re­gime ucra­niano que faz des­locar 110 mil efec­tivos para junto das re­giões de Lu­gansk e Do­netsk e de­sen­ca­deia ope­ra­ções mi­li­tares que vi­olam os Acordos de Minsk.


– De­zembro 2021

Or­ça­mento mi­litar dos EUA atinge 768 mil mi­lhões de dó­lares – o maior de sempre. Con­sagra a atri­buição de 4000 mi­lhões de dó­lares à dita Ini­ci­a­tiva Eu­ro­peia de Dis­su­asão, ide­a­li­zada para a pressão e cerco mi­litar contra a Rússia, assim como a con­cessão de 300 mi­lhões aos mi­li­tares ucra­ni­anos e 150 mi­lhões aos países bál­ticos, também para estes fins.


– 2022

A acção agres­siva dos EUA e da NATO in­ten­si­fica-se com a ins­ta­lação de mais meios e con­tin­gentes mi­li­tares no Leste da Eu­ropa – in­cluindo o apoio mi­litar à Ucrânia –, acom­pa­nhada da ameaça de im­po­sição de novas san­ções eco­nó­micas contra a Rússia.


•2022

In­ten­si­fi­cação dos bom­bar­de­a­mentos no Don­bass por parte do re­gime ucra­niano


•2022

Rússia re­co­nhece a in­de­pen­dência de Lu­gansk e Do­netsk

 

•2022

Início da ope­ração mi­litar da Rússia na Ucrânia


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In­for­mação dis­po­nível no sítio na in­ternet do PCP (https://​www.pcp.pt/​ucrania)





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