Esquerda francesa trabalha pela unidade

Em França, após a re­e­leição de Em­ma­nuel Ma­cron, na se­gunda volta das pre­si­den­ciais, di­ri­gentes de forças po­lí­ticas de es­querda tra­ba­lham pela uni­dade, tendo em vista as elei­ções le­gis­la­tivas de Junho pró­ximo.

Forças po­lí­ticas pre­param-se já para elei­ções le­gis­la­tivas de Junho

O se­cre­tário na­ci­onal do Par­tido Co­mu­nista Francês, Fa­bien Roussel, de­fendeu um acordo global da es­querda tendo em vista as elei­ções le­gis­la­tivas de 12 e 19 de Junho, com o ob­jec­tivo de evitar di­vi­sões.

«Agru­pando a es­querda desde a pri­meira volta das le­gis­la­tivas, po­demos der­rotar o bloco de ex­trema-di­reita e o bloco li­beral», as­se­gurou. «Juntos de­vemos pro­curar a con­quista de uma mai­oria de de­pu­tados frente a um pre­si­dente que foi re­e­leito so­bre­tudo pela re­jeição da can­di­data da ex­trema-di­reita», afirmou o líder dos co­mu­nistas fran­ceses.

Na opi­nião de Fa­bien Roussel, com a re­e­leição de Ma­cron foi evi­tado o pior mas não de­sa­pa­receu a ameaça à de­mo­cracia. A sua vi­tória não ex­prime de modo algum um apoio à sua po­lí­tica, in­sistiu.

Também Jean-Luc Mé­len­chon, que ficou em ter­ceiro lugar na pri­meira volta das pre­si­den­ciais, com cerca de 22 por cento dos votos, se ma­ni­festou fa­vo­rável a uma uni­dade das forças à es­querda de Ma­cron para as le­gis­la­tivas de Junho, assim como a pre­si­dente da Câ­mara de Paris, e ou­trora can­di­data do Par­tido So­ci­a­lista, Anne Hi­dalgo.

 

Ex­trema-di­reita cresceu

Em­ma­nuel Ma­cron ga­nhou com 58,54 por cento dos votos, der­ro­tando na se­gunda volta Ma­rine Le Pen, que ob­teve 41,46 por cento.

O pre­si­dente re­e­leito ob­teve o apoio de 18,8 mi­lhões de elei­tores e a can­di­data da ex­trema-di­reita lo­grou 13,3 mi­lhões de votos – dois mi­lhões e meio mais do que os que con­se­guira em 2017, quando perdeu igual­mente com Ma­cron.

A abs­tenção, de 28 por cento, foi ele­vada para os pa­drões fran­ceses: mais de 13,6 mi­lhões dos 48,7 mi­lhões de elei­tores fran­ceses fal­taram às urnas. O re­corde de abs­ten­ci­o­nistas tinha sido atin­gido nas pre­si­den­ciais de 1969.

Além do ele­vado abs­ten­ci­o­nismo, três mi­lhões de bo­le­tins de voto foram de­po­si­tados em branco ou anu­lados, uma per­cen­tagem de 6,19 por cento.




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