Cinquenta mil ferroviários britânicos fazem greve por melhores salários

O Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores Fer­ro­viá­rios, Ma­rí­timos e dos Trans­portes (RMT) anun­ciou que o ser­viço na­ci­onal de com­boios po­derá pa­ra­lisar a partir de 21 deste mês, a menos que a en­ti­dade pa­tronal aceite as rei­vin­di­ca­ções sin­di­cais de subir os sa­lá­rios em função do au­mento do custo de vida e ga­ranta a se­gu­rança la­boral e o fim dos des­pe­di­mentos for­çados.

«Não que­remos ir para a greve mas somos obri­gados a de­fender o di­reito dos tra­ba­lha­dores a ter uma vida de­cente», ex­plicou o se­cre­tário-geral do sin­di­cato, Mick Lynch. Cerca de 89 por cento dos mem­bros do RMT vo­taram a favor da greve, no que cons­titui o maior apoio a uma acção deste tipo desde a pri­va­ti­zação dos ca­mi­nhos-de-ferro bri­tâ­nicos em 1994.

Es­tima-se que 50 mil fer­ro­viá­rios não com­pa­re­cerão nos seus postos de tra­balho a 21, 23 e 25 de Junho. Os tra­ba­lha­dores do metro, que já pa­ra­li­saram no dia 6, juntam-se ao pro­testo na pri­meira das três jor­nadas de greve.

O go­verno bri­tâ­nico, en­tre­tanto, anun­ciou que pla­neia al­terar a lei que proíbe a uti­li­zação de tra­ba­lha­dores tem­po­rá­rios em caso de greve, de modo a subs­ti­tuir os fer­ro­viá­rios gre­vistas. O anúncio foi feito pelo mi­nistro dos Trans­portes, Grant Shapps, em en­tre­vista à edição de do­mingo, 12, do diário The Te­le­graph. O mi­nistro acusou os tra­ba­lha­dores fer­ro­viá­rios de serem li­de­rados por di­ri­gentes «mar­xistas» que pro­curam con­verter o pro­testo num en­fren­ta­mento com o go­verno con­ser­vador.

A cen­tral sin­dical bri­tâ­nica TUC qua­li­ficou de «ar­ris­cado» o plano go­ver­na­mental vi­sando eli­minar a proi­bição da uti­li­zação de tra­ba­lha­dores tem­po­rá­rios e con­si­derou que a me­dida aten­taria contra o di­reito à greve.




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