Presidente de Cuba visita Argélia, Rússia, Turquia e China

O pre­si­dente de Cuba efectua uma vi­agem por países de África, Eu­ropa e Ásia. Na sua pri­meira des­lo­cação deste tipo após o início da pan­demia de COVID-19, Mi­guel Díaz-Canel vi­sita ofi­ci­al­mente Ar­gélia, Rússia, Tur­quia e China.

É a pri­meira vi­agem in­ter­na­ci­onal de Mi­guel Díaz-Canel desde o início da pan­demia

À frente de uma im­por­tante de­le­gação go­ver­na­mental, o pre­si­dente de Cuba, Mi­guel Díaz-Canel, vi­sitou a Ar­gélia e a Rússia e pros­segue o seu pé­riplo in­ter­na­ci­onal des­lo­cando-se à Tur­quia e China, numa vi­agem que se es­tende até ao dia 27.

O pro­grama es­ta­be­le­cido res­ponde às pri­o­ri­dades po­lí­ticas e eco­nó­micas de Cuba, assim como aos es­forços para ali­viar os efeitos da crise pós-pan­demia que atinge todo o mundo e se agrava em Cuba pelos efeitos do blo­queio im­posto pelos EUA.

Na Ar­gélia, onde es­teve de 16 a 19, o pre­si­dente cu­bano reuniu-se com o ho­mó­logo ar­ge­lino, Ab­del­majid Teb­boune e com o pri­meiro-mi­nistro Aiman Be­nab­der­rah­mane, num tra­balho con­junto para ace­lerar a con­cre­ti­zação dos acordos bi­la­te­rais exis­tentes.

Des­taque para a oferta a Cuba de uma cen­tral de energia solar e para a co­o­pe­ração em áreas li­gadas à energia, saúde e cul­tura. Ficou de­ci­dida uma sessão da co­missão mista, em Ha­vana, em 2023, du­rante a qual serão exa­mi­nadas opor­tu­ni­dades de in­ves­ti­mento e de apro­fun­da­mento das re­la­ções co­mer­ciais.

Na Rússia, para onde se­guiu de­pois da Ar­gélia, a de­le­gação cu­bana – da qual fazem parte os vice-pri­meiros-mi­nis­tros Ri­cardo Ca­brisas e Ale­xandro Gil; os mi­nis­tros dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros, Bruno Ro­dí­guez; do Co­mércio Ex­te­rior, Ro­drigo Mal­mi­erca; de Energia e Minas, Vi­cente Levy; e da Saúde Pú­blica, José Ángel Portal – cum­priu um in­tenso pro­grama de reu­niões e vi­sitas em Mos­covo.

De sa­li­entar o en­contro entre os pre­si­dentes Mi­guel Díaz-Canel e Vla­dimir Putin, no Kremlin, na terça-feira, 22, pouco de­pois de ambos terem inau­gu­rado um mo­nu­mento ao líder da Re­vo­lução Cu­bana, Fidel Castro, na praça com o seu nome, si­tuada no dis­trito Sókol, na ca­pital russa.

Os dois pre­si­dentes ana­li­saram o es­tado ac­tual e as pers­pec­tivas de de­sen­vol­vi­mento da as­so­ci­ação es­tra­té­gica russo-cu­bana nas es­feras po­lí­tica, eco­nó­mico-co­mer­cial, cul­tural e hu­ma­ni­tária, assim como tro­caram opi­niões sobre temas da agenda in­ter­na­ci­onal.

O pre­si­dente Díaz-Canel afirmou que as san­ções im­postas a Mos­covo e a Ha­vana são in­justas e ar­bi­trá­rias e disse que aprecia todo o tra­balho que a Rússia leva a cabo, e que Cuba apoia, para tentar que o mundo mude, que ca­minhe para a mul­ti­la­te­ra­li­dade. As­si­nalou que ambos os países têm pontos de vista coin­ci­dentes sobre os pro­blemas glo­bais que afectam a hu­ma­ni­dade. E as­se­gurou que tudo fará para que se con­ti­nuem a re­forçar os laços bi­la­te­rais entre Cuba e a Rússia.

Do seu lado, o pre­si­dente Putin en­fa­tizou que Mos­covo e Ha­vana devem con­ti­nuar a for­ta­lecer a co­o­pe­ração, tendo em conta a si­tu­ação ac­tual. Re­alçou que a Rússia sempre apoiou e con­tinua a apoiar o povo cu­bano na sua luta pela in­de­pen­dência e a so­be­rania, opondo-se a qual­quer tipo de san­ções, em­bargos e blo­queios, tal como Cuba de­fende em re­lação à Rússia.




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