Empresas rodoviárias prejudicam trabalhadores

Os trabalhadores não podem ser prejudicados pela falta de medidas por parte das empresas para responder ao aumento da oferta a que estão obrigadas pelos contratos assumidos com o Estado. Esta é a posição do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) e da Fectrans, assumida no dia 2, em que se iniciou a actividade da Carris Metropolitana na zona Norte da Área Metropolitana de Lisboa.

Em causa está a atitude assumida pelas empresas Alvorada (Scotturb + Vimeca) e Rodoviária de Lisboa, do grupo Barraqueiro: «Alteração dos locais de trabalho, dos locais de rendições, de deslocações para outros concelhos, sem que se garanta o devido transporte dentro do tempo de trabalho, obrigando a horas de deslocação para a rendição de trabalhadores» são alguns dos problemas verificados no primeiro dia de operação.

Para as estruturas sindicais, isto demonstra que, «com a falta de trabalhadores existentes, as administrações pretendem aumentar os ritmos de trabalho, com horários de carreiras impossíveis de cumprir, ao mesmo tempo que adiam respostas acerca da garantia de direitos dos trabalhadores».

Este não é o primeiro caso em que as operadoras privadas se procuram furtar às obrigações contratuais de concessão do serviço público de transporte, no âmbito da Carris Metropolitana. Na Península de Setúbal, por exemplo, foram várias as queixas por parte de trabalhadores, utentes e autarquias, relativas a carreiras, horários e direitos laborais.

 



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