Prontos para novas lutas na Lauak

Os trabalhadores da Lauak, em Setúbal, «unidos e organizados no SITE Sul, demonstraram a sua disponibilidade para prosseguirem a luta, que ganhou força» com a jornada de 27 de Janeiro, afirmou a Fiequimetal/CGTP-IN, ao noticiar a greve de 24 horas e a concentração que teve lugar, durante a manhã, no exterior do parque industrial onde está instalada a fábrica de componentes para o sector aeronáutico.

A realização da luta foi confirmada pelo sindicato, depois de a administração ter convocado uma reunião com os representantes dos trabalhadores «só na véspera da realização da greve» e «apenas para se afirmar surpreendida com a convocação de tal acção de luta, quando nada fez para a evitar». Num comunicado, ainda dia 26, o sindicato considerou que a posição patronal na reunião foi «uma resposta insuficiente e tardia às situações e reivindicações apresentadas».

A administração continuou a «não querer negociar, quando já deu provas de ter possibilidades financeiras de ir mais além no aumento dos salários», protestou o SITE Sul, remetendo para notícias sobre o aumento do volume de negócios «na ordem dos 50 milhões de euros».

Em causa estão, como explicou o sindicato: a falta de resposta da administração às matérias constantes no Caderno Reivindicativo 2023; a exigência de medidas de defesa dos postos de trabalho e o recuo na decisão de impor transferências de local de trabalho sem garantia de direitos.

Com estas transferências de trabalhadoras de Setúbal para a fábrica em Grândola, a Lauak «empurra essas trabalhadoras para o desemprego», quando «está a contratar cerca de 300 novos trabalhadores» para as duas fábricas, explicou Esmeralda Marques, dirigente do SITE Sul, à agência Lusa, durante a concentração.

 

Unir o descontentamento

Na concentração participou a Secretária-geral da CGTP-IN, que apelou à participação dos trabalhadores nas acções convocadas para dia 9. Isabel Camarinha, citada pela Lusa, disse que «é preciso unir todo este descontentamento e fazer a mobilização dos trabalhadores e de outras camadas da população para a rua e para a luta, a exigir a resposta aos seus problemas e às suas necessidades».

Com uma faixa própria, compareceram igualmente, em solidariedade, trabalhadores da Embraer e Mecachrome, do Parque da Indústria Aeronáutica de Évora.

 



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