Opção socialista de Cuba proclamada há 62 anos

Cuba as­si­nalou mais um ani­ver­sário da pro­cla­mação do ca­rácter so­ci­a­lista da sua re­vo­lução e da vi­tória do povo cu­bano contra a agressão dos EUA, em 1961, ini­ciada com bom­bar­de­a­mentos aé­reos e o de­sem­barque de mer­ce­ná­rios em Playa Girón.

Cuba pro­clamou, em 1961, a na­tu­reza so­ci­a­lista da Re­vo­lução Cu­bana, «re­vo­lução dos hu­mildes, pelos hu­mildes e para os hu­mildes»

No pas­sado dia 16, Cuba ce­le­brou os 62 anos da pro­cla­mação do ca­rácter so­ci­a­lista da sua re­vo­lução, con­fir­mando o rumo do pro­cesso de trans­for­ma­ções que o país adoptou desde 1 de Ja­neiro de 1959.

A pro­cla­mação, feita pelo líder his­tó­rico da Re­vo­lução Cu­bana, Fidel Castro, teve lugar em Ha­vana, por oca­sião do fu­neral das ví­timas dos bom­bar­de­a­mentos a vá­rios ae­ro­portos da ilha que an­te­ce­deram a in­vasão mer­ce­nária por Playa Girón, em 1961, or­ques­trada pelos Es­tados Unidos da Amé­rica (EUA).

Os ata­ques pu­seram em marcha a Ope­ração Pluto, or­ga­ni­zada pela Agência Cen­tral de In­te­li­gência (CIA) norte-ame­ri­cana. Esses bom­bar­de­a­mentos cau­saram sete mortos e meia cen­tena de fe­ridos. Nas ce­ri­mó­nias fú­ne­bres dos com­pa­tri­otas as­sas­si­nados, Fidel anun­ciou ao mundo o rumo so­ci­a­lista do pro­cesso cu­bano, apoiado por uma mul­tidão que se com­pro­meteu a de­fender a «Re­vo­lução dos hu­mildes, pelos hu­mildes e para os hu­mildes».

No dia se­guinte, 17 de Abril, co­meçou o de­sem­barque mer­ce­nário em Playa Girón (co­nhe­cida também como Baía dos Porcos), na pro­víncia de Ma­tanzas. Cerca de 1500 ho­mens re­cru­tados, trei­nados e fi­nan­ci­ados pela CIA, de­sem­bar­caram numa das zonas mais iso­ladas da ilha e ten­taram criar uma «testa de ponte» para ali ins­talar um go­verno pro­vi­sório, já no­meado nos EUA, que pe­diria a in­ter­venção di­recta norte-ame­ri­cana. A in­vasão fra­cassou graças à de­ter­mi­nada e co­ra­josa acção das forças re­vo­lu­ci­o­ná­rias, que em menos de 72 horas der­ro­taram os in­va­sores.

O triunfo de Cuba face à agressão mer­ce­nária, há 62 anos, re­pre­sentou uma im­por­tante der­rota dos EUA no con­ti­nente ame­ri­cano e ex­pressou a de­ter­mi­nação da Re­vo­lução Cu­bana em de­fender a sua opção so­ci­a­lista. Em 24 de Abril, o pre­si­dente John Ken­nedy re­co­nheceu pu­bli­ca­mente o en­vol­vi­mento do seu go­verno na agressão a Cuba.

Após esse fra­casso, os go­ver­nantes norte-ame­ri­canos pa­tro­ci­naram ao longo de mais de seis dé­cadas ac­ções de sa­bo­tagem e de ter­ro­rismo, entre ou­tras, para tentar es­magar a jovem Re­vo­lução Cu­bana triun­fante a 90 mi­lhas das costas dos EUA.

As agres­sões não ces­saram e ma­ni­festam-se hoje na guerra hí­brida de Washington contra Cuba, guerra que in­clui o re­cru­des­ci­mento de um blo­queio eco­nó­mico, fi­nan­ceiro e co­mer­cial de pro­por­ções ge­no­cidas, a ar­bi­trária e ver­go­nhosa in­clusão de Cuba na lista norte-ame­ri­cana de países que falsa e hi­po­cri­ta­mente dizem ser «pa­tro­ci­na­dores do ter­ro­rismo» e uma cam­panha me­diá­tica de ca­lú­nias e fal­si­dades.

Apesar disto, Cuba apre­senta, entre im­por­tantes as­pectos po­lí­ticos, eco­nó­micos, so­ciais e cul­tu­rais, ín­dices de de­sen­vol­vi­mento hu­mano sem pa­ra­lelo na re­gião, om­bre­ando em al­guns deles com países eco­no­mi­ca­mente de­sen­vol­vidos.

 

 



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