A Fre­tilin, par­tido da in­de­pen­dência e a maior força no par­la­mento de Timor-Leste, está «muito con­fi­ante» no re­forço da sua po­sição nas elei­ções le­gis­la­tivas do pró­ximo do­mingo, com um pro­grama cen­trado no povo e em go­vernar para todos.

«Na­tu­ral­mente que quem go­verna, go­verna todo o povo. E como go­verna todo o povo deve saber abraçar todos. E esta vai ser de cer­teza a pos­tura da Fre­tilin», disse à Lusa o se­cre­tário-geral da Frente Re­vo­lu­ci­o­nária do Timor-Leste In­de­pen­dente (Fre­tilin), Mari Al­ka­tiri, fa­lando à margem de um co­mício que juntou mi­lhares de apoi­antes em Díli.

Este foi um dos mai­ores co­mí­cios par­ti­dá­rios da cam­panha na ca­pital ti­mo­rense, onde nos úl­timos dias se con­cen­traram as aten­ções das prin­ci­pais forças po­lí­ticas con­cor­rentes. Além do se­cre­tário-geral, dis­cur­saram o pre­si­dente do par­tido, Fran­cisco Gu­terres Lú-Olo, o ex-co­man­dante das forças ar­madas, Lere Anan Timur, e di­ri­gentes da or­ga­ni­zação de ju­ven­tude da Fre­tilin.

A Fre­tilin par­ti­cipa no go­verno ti­mo­rense desde 2020, quando en­trou para vi­a­bi­lizar o exe­cu­tivo de­pois da saída do Con­gresso Na­ci­onal da Re­cons­trução Ti­mo­rense (CNRT), de Xa­nana Gusmão.

A Fre­tilin e os seus par­ceiros no ac­tual go­verno, o Par­tido Li­ber­tação Po­pular (PLP) e o Kmanek Ha­buras Uni­dade Na­ci­onal Timor Oan (Khunto), con­correm se­pa­rados nestas elei­ções, mas com um acordo de manter a pla­ta­forma go­ver­na­tiva após as elei­ções.

São 17 os par­tidos que dis­putam as quintas elei­ções le­gis­la­tivas em Timor-Leste. Mais de 890 mil elei­tores estão re­gis­tados para a vo­tação, na qual vão ser es­co­lhidos os 65 de­pu­tados do par­la­mento.

Ex-co­lónia por­tu­guesa até 1975, in­va­dida e ane­xada no mesmo ano pela In­do­nésia, Timor-Leste tornou-se no mais jovem Es­tado so­be­rano do sé­culo XXI, a 20 de Maio de 2002, dia em que o país as­si­nala a res­tau­ração da in­de­pen­dência.