Multiplicam-se ataques israelitas na Cisjordânia e Faixa de Gaza

Perante o silêncio da autodenominada comunidade internacional, tropas israelitas prosseguem, com toda a impunidade, ataques contra populações da Palestina ocupada, tanto na Cisjordânia como na faixa de Gaza. Cresce o número de mortos, feridos e presos palestinianos vítimas dos ocupantes israelitas.

Aumenta número de incursões de tropas e colonos israelitas na Palestina ocupada

No seguimento da sua persistente agressão à Palestina, forças israelitas feriram nos últimos dias vários cidadãos em incursões armadas na Cisjordânia ocupada.

Na madrugada de quarta-feira, 17, seis pessoas foram atingidas a tiro numa operação do exército israelita e de colonos em Nablus. De acordo com o Crescente Vermelho da Palestina, 80 pessoas sofreram os efeitos da inalação de gás tóxico lançado pelos militares israelitas. A agência Wafa confirmou que foram desalojadas habitações após o ataque com granadas de gás por parte dos soldados da ocupação e denunciou agressões às equipas de socorristas. Protegidos pelo exército, colonos israelitas agrediram cidadãos palestinianos.

Segundo meios locais, os ataques israelitas em Tubas, Salfit, Al-Bireh e na cidade de Al-Yamoun foram ripostados pela resistência palestiniana, que utilizou armas e explosivos rudimentares. Estes assaltos deram continuidade às operações e incursões recentes no povoado de Kafr Qaddum, a leste de Qabatia, assim como nos campos de refugiados de Dheisheh, em Belém, e Aqbat Jabr, em Jericó.

Como resultado da impunidade dos crimes de Israel, o número de mortos palestinianos aumentou para mais de 150 desde princípios deste ano, na Cisjordânia e em Gaza, incluindo as 33 vítimas mortais da recente agressão contra a faixa.

Presos 25 palestinianos em mais ataques israelitas
As forças militares israelitas detiveram pelo menos 25 palestinianos, na terça-feira, 16, em mais ataques nas zonas próximas de Jericó e Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Um assalto do exército ocupante contra o campo de refugiados de Aqbat Jabr, em Jericó, desencadeou confrontos com combatentes da resistência palestiniana, havendo a registar a detenção de sete cidadãos. Um jovem foi atingido por balas reais e dezenas de outros foram gaseados quando enfrentavam os soldados ocupantes que impediam a aproximação de ambulâncias para junto dos feridos.

Outros quatro palestinianos, irmãos, foram detidos numa incursão na cidade de Jenin, ataque que causou também vários feridos entre a população local.

Informa a agência Wafa que outros palestinianos foram presos pelas tropas israelitas: um na cidade de Qabatia, quatro no distrito de Belém, dois no campo de Dheisheh e três na área de Ramala. O canal Al Manar noticiou que as mesquitas nos campos de refugiados apelaram à resistência às forças de ocupação, que colocaram franco-atiradores nos telhados de vários edifícios.

Por sua parte, o Centro de Documentação Palestiniano deu conta da ocorrência de duas dezenas de operações da resistência na Cisjordânia ocupada em apenas 24 horas, no dia 16, acções que incluíram disparos, combates com colonos, destruição dos seus veículos e lançamento de pedras.

Em paralelo, os ataques dos militares israelitas a dois campos universitários na área de Hebron, no sul da Cisjordânia, resultaram em confrontos com os estudantes e em feridos. Os soldados abriram fogo real e lançaram granadas de gás lacrimogéneo contra os jovens, ferindo gravemente um deles.

Entre os passados dias 10 e 14, as forças israelitas atacaram uma vez mais a faixa de Gaza, tendo aviões de combate bombardeado habitações e outras instalações em diversos pontos do território. O número de vítimas palestinianas nos cinco dias foi de 33 mortos, incluindo seis crianças e três mulheres, e de mais de 150 feridos. A resistência palestiniana respondeu com o lançamento de mais de mil mísseis contra colonatos israelitas em redor de Gaza e outros alvos.

 



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